Aperfeiçoamento da repressão aos crimes violentos
Em 2016, após uma longa e consistente mobilização social, o então Secretário de Segurança Pública, o Procurador de Justiça César Augusto Grubba, anunciou a criação da Delegacia de Homicídios de Joinville. Em 10 de fevereiro, a antiga Delegacia de Polícia de Trânsito deu lugar ao novo órgão.
A Delegacia de Homicídios de Joinville começou a operar com três equipes de policiais e logo apresentou sensível melhora na qualidade das investigações, pois passou a haver uma especialização tanto na investigação quanto no que diz respeito às pessoas que cometeram crimes e aos locais, horários e circunstâncias dos delitos. Após isso, o Poder Judiciário criou uma unidade especializada em julgar crimes contra a vida, instalando a Vara do Júri da Comarca de Joinville e, na sequência, o Ministério Público acompanhou esse processo, criando duas Promotorias de Justiça especializadas.
"Com essas instituições ligadas, imbuídas do mesmo propósito de conferir maior qualidade às investigações, processamento dessas demandas penais e mais agilidade no julgamento dos respectivos processos, foram obtidos resultados bastante expressivos, que trazem hoje para Joinville uma sensação de maior segurança frente ao que víamos alguns anos atrás", comemora Paladino.
No Tribunal do Júri, a resposta para a criminalidade
De lá para cá, foram muitos os julgamentos transcorridos no Tribunal do Júri da Comarca de Joinville. Com provas mais contundentes em virtude de todo o trabalho interinstitucional, os jurados passaram a ter mais subsídios para acatar as denúncias do Ministério Público.
Para o Promotor de Justiça Marcelo Sebastião Netto de Campos, casos como a condenação a mais de 80 anos de prisão para cada um dos três integrantes de uma facção criminosa que torturaram e mataram adolescentes na cidade e penas de mais de 60 anos a acusados pela prática de homicídio qualificado consumado e organização criminosa são uma reposta ao crime organizado.
"Os ganhos para a sociedade são evidentemente enormes. Temos a resposta rápida aos crimes de homicídio, a justiça sendo feita nas sessões de julgamento e a sensação de que a impunidade não mais prevalece nesse tipo de crime. Naturalmente, isso traz também o enfraquecimento das organizações criminosas, que são responsáveis por um grande número desses homicídios. É uma certeza de que aqui em Joinville não se admite essa barbarização da violência", conclui Campos.