O réu que matou um homem a tiros em Palhoça foi condenado pelo Tribunal do Júri, a pedido do Ministério Público de Santa Catarina (MPSC). Ele cumprirá a pena de 20 anos, um mês e 15 dias de reclusão em regime inicial fechado pelos crimes de homicídio duplamente qualificado (motivo torpe e recurso que dificultou a defesa da vítima) e organização criminosa.

O Promotor de Justiça José da Silva Júnior atuou na sessão do Júri. "A responsabilidade reconhecida pelo Conselho de Sentença foi fruto de um trabalho estratégico e articulado, desde a etapa das investigações conduzidas pela Polícia Civil, até o julgamento, onde apresentamos as provas detalhadamente e com rigorosa observância ao devido processo constitucional, com cautela e atenção necessárias ao difícil contexto de crimes praticados no seio de organizações criminosas", diz ele.

O crime aconteceu em 21 de janeiro de 2022, no Bairro Pachecos. Segundo consta nos autos, naquela madrugada, o réu invadiu a casa da vítima enquanto ela tomava banho e efetuou vários disparos. A morte foi provocada por politraumatismo, ou seja, múltiplas lesões.   

A ação decorreu de uma ordem advinda da organização criminosa, caracterizando o motivo torpe. A vítima não teve qualquer chance de se defender, conforme narra a denúncia do MPSC: "não pôde esboçar qualquer reação com a finalidade de resguardar sua vida, sendo surpreendido pelos múltiplos disparos de arma de fogo, enquanto tomava banho, desarmado".

O réu estaria acompanhado por outros dois homens ainda não identificados no momento do crime. A pena foi agravada pelo fato de ele ocupar um cargo de chefia dentro da organização criminosa, e por utilizado uma arma de fogo para cometer o homicídio. Ele não poderá recorrer em liberdade. 

Rádio MPSC

 Ouça o Promotor de Justiça José da Silva Júnior.

Palhoça: Integrante de organização criminosa é condenado a 20 anos de reclusão por homicídio