Motivado por ciúmes da ex-mulher, Djalma Machado Dias matou o suposto namorado da ex-mulher em 2015, com diversos disparos, em Maracajá. Os jurados acolheram todos os pedidos do Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) e consideram o réu culpado pelo crime de homicídio duplamente qualificado durante sessão do Tribunal do Júri no fórum de Araranguá. A pena foi fixada em 14 anos, em regime inicial fechado. 

O Promotor de Justiça Juliano Bitencourt Pinter atuou no julgamento perante o Conselho de Sentença.     

De acordo com a denúncia do MPSC, o crime foi praticado por vingança (tal circunstância caracteriza a primeira qualificadora do homicídio, "motivo torpe"), uma vez que Felipe Silva Dias mantinha um suposto relacionamento amoroso com a ex-mulher de Djalma, e ele teria ficado com ciúmes ao saber que a vítima estava realizando um serviço na residência, onde residiam a ex-mulher e seus dois filhos.   

Além disso, o crime foi praticado de maneira que impossibilitou qualquer reação da vítima, pois o réu chegou à casa da ex-mulher, de arma em punho, e repentinamente passou a efetuar disparos contra Felipe (circunstância que levou à segunda qualificadora do homicídio, "mediante recurso que dificultou a defesa da vítima"). 

Da sentença cabe recurso e o réu poderá recorrer em liberdade. 

Como foi o crime  

No dia 17 de maio de 2015, por volta das 18h30, o réu foi até a casa da ex-mulher no bairro Espigão Grande, no interior de Maracajá. Ao chegar ao local, acompanhado de um primo, efetuou diversos disparos de arma de fogo contra Felipe, que morreu ainda no local do crime.  

Na hora do crime, a ex-mulher de Djalma e os filhos do casal, na época com 7 e 11 anos, estavam em casa.  

Após atirar em Felipe, o réu fugiu de carro, com o primo, e jogou a arma num valo de uma granja de arroz.