Crimes teriam ocorrido num período aproximado de duas semanas, em setembro, no interior do apartamento em que o denunciado vivia com a sua namorada e o filho dela. Além de ofensas à vítima e ao filho dela, o policial militar da reserva teria agredido a mulher fisicamente e a ameaçado. A violência teria sido motivada por questões de gênero e de raça
Um policial militar da reserva foi denunciado pela 2ª
Promotoria de Justiça de Braço do Norte por supostos crimes de racismo, injúria
racial, ameaças, agressões e violência doméstica cometidos contra a sua namorada.
O homem também foi denunciado por injúria racial contra o filho da namorada, um
menino de quatro anos.
As agressões e ofensas foram gravadas em vídeos anexados à
ação penal como provas. Na ação penal, são apresentados cinco fatos criminosos.
Os registros mostram cenas de violência física e verbal e ameaças contra a
mulher, além de ofensas à criança. A motivação, em todas as ocasiões, sempre
esteve relacionada à questão de gênero, no contexto de violência doméstica, ou
de raça.
Os crimes teriam ocorrido num período aproximado de duas
semanas, em setembro, no interior do apartamento em que o denunciado vivia com
a sua namorada e o filho dela. Além de ofensas à vítima e ao filho dela, o
policial militar da reserva teria agredido a mulher fisicamente e a ameaçado. Sempre
ele fez referências preconceituosas e menções injuriosas sobre a raça e a cor
da pele da namorada e do filho dela, que são negros.
O caso veio à tona quando um vídeo gravado pela vítima, que
mostra o policial proferindo ofensas de cunho racista contra ela e assumindo
que ele seria racista, foi publicado por ela nas redes sociais. Um inquérito
policial foi instaurado a partir da divulgação dessas imagens.
Na denúncia, a Promotora de Justiça Iara Klock Campos
entende que, em caso de condenação, as penas correspondentes às infrações
penais, quando da mesma espécie, deverão ser cumpridas de forma cumulativa, sem
prejuízo do cumprimento sucessivo das demais.