Entre os cases apresentados estão o acordo extrajudicial com a Coca-Cola com efeito nacional; o serviço de acolhimento de pessoas idosas e com deficiências; as estratégias para ampliar a vacinação; e a efetividade da regularização fundiária sustentável. Foram dois dias de reunião em Teresina (PI).
"Esse acordo só foi possível a partir do momento em que se passou a utilizar a decisão do Tema 1075, do Supremo Tribunal Federal, também em matéria de investigação em âmbito de inquérito civil. Nesse julgamento, do RE 1101937, o STF reconheceu o critério de fixação de competências para demandas coletivas", explicou o Promotor de Justiça para os membros dos MPs estaduais que também atuam de forma regional e nacional presentes na reunião nacional. Mendonça Neto também é integrante do GNDC.
Após firmar o TAC, a Promotoria de Justiça encerrou a apuração, e o arquivamento do inquérito civil foi para a análise da Segunda Turma Revisora do Conselho Superior do MPSC. Por unanimidade, os conselheiros acompanharam o voto do relator, Procurador de Justiça Cid Luiz Ribeiro Schmitz, e homologaram a solução dada para o caso pelo Promotor de Justiça.
Todos os procedimentos finalizados pelas Promotorias de Justiça na área cível passam pelo crivo dos conselheiros de uma das três turmas revisoras do Conselho Superior do MPSC, que é o segundo grau da Instituição.
REGULARIZAÇÃO FUNDIÁRIA SUSTENTÁVEL E SINTRÓPICA
O Subprocurador-Geral de Justiça para Assuntos Institucionais, Paulo Antonio Locatelli, discorreu aos integrantes do COPEMA sobre como o MPSC vem atuando para a efetividade da regularização fundiária sustentável e sintrópica (termo utilizado para caracterizar um sistema agroflorestal baseado na organização, integração, equilíbrio e preservação).
Locatelli explicou que, no MPSC, a atuação não se limita a ser proponente da REURB como a lei autoriza. "Zelamos por meio dos nossos instrumentos extrajudiciais pela integridade dos procedimentos, consistência e veracidade dos estudos técnicos, confiabilidade e cumprimento dos termos de compromisso que estabelecem o cronograma para a implantação dos serviços públicos essenciais, garantindo, assim, os objetivos da Lei 13.465/17, que são de ordem ambiental, social, administrativa, urbanística e registral", ressaltou.
VACINAÇÃO: AMPLIAÇÃO
O Coordenador do Centro de Apoio Operacional de Saúde Pública do MPSC, Promotor de Justiça Douglas Martins, integrante da Comissão Permanente de Defesa da Saúde (COPEDS) do CNPG, falou sobre as medidas adotadas tanto pelo MPSC quanto por outros MPs estaduais para a recuperação das coberturas vacinais previstas no Plano Nacional de Imunização (PNI) no país.
Inicialmente, Martins demonstrou as dificuldades para ampliação das coberturas vacinais em diversos estados. A difusão de informações falsas, a ausência de regras claras e uniformes entre os sistemas, a falta de disponibilidade dos responsáveis para levar os filhos aos pontos de vacinação e falhas nas políticas públicas de saúde estão entre os problemas identificados.