O Tribunal do Júri da Comarca de Caçador condenou um homem, a pedido do Ministério Público de Santa Catarina, por organização criminosa, homicídio triplamente qualificado (motivo torpe, traição e meio cruel) e ocultação de cadáver. Ele foi sentenciado a 22 anos de reclusão e não poderá recorrer em liberdade. O nome não é divulgado pois o processo está em segredo de justiça.

O réu integrou-se a uma facção conhecida por promover o tráfico de drogas em Santa Catarina e participou do assassinato de um desafeto. Segundo consta nos autos, ele e outros dois indivíduos ainda não identificados deram pelo menos 16 facadas na vítima, esquartejaram o corpo e esconderam as partes pela mata para dificultar a localização e a identificação.

De acordo com a denúncia oferecida pelo MPSC e acolhida integralmente pela maioria dos jurados, o crime foi praticado por motivo torpe, pois a vítima migrou para uma facção rival; traição, pois a vítima foi até o local do crime pensando se tratar de uma conversa; e meio cruel, pois a vítima levou várias facadas sem poder se defender.

Não se sabe a data exata do crime, justamente pela dificuldade de encontrar o corpo. Porém, é certo que o homicídio ocorreu entre 22 de fevereiro e 4 de abril de 2022 no bairro Bom Sucesso, em Caçador.

A Promotora de Justiça Andréia Tonin atuou na sessão do júri, conduzindo a acusação contra o réu. "Foi um crime brutal contra a vida humana, e a condenação era a única resposta possível para tamanha crueldade", diz ela.