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Justiça Restaurativa: o nome pode soar difícil, mas o resultado pode transformar vidas. Para mostrar como a justiça restaurativa pode ser utilizada na vida pessoal, na relação de trabalho e nas atividades das Promotorias de Justiça, o Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) promoveu nesta sexta-feira, o 2º Encontro Catarinense de Justiça Restaurativa.  

O 2° Encontro Catarinense de Justiça Restaurativa faz parte das iniciativas do Grupo Gestor de Justiça Restaurativa do Estado de Santa Catarina. O grupo é formado pelo MPSC, pelo Governo de Santa Catarina, pelo Tribunal de Justiça, pela Defensoria Pública, pela FECAM, pela OAB/SC, pela Unisul e pela Udesc.   

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Logo na abertura do evento, a Coordenadora do Núcleo de Incentivo Permanente à Autocomposição (Nupia), Promotora de Justiça Analú Librelato Longo, reforçou que a metodologia da justiça restaurativa vem ocupando variados espaços. "Se olharmos para a programação deste encontro podemos facilmente perceber o quanto o ferramental da Justiça Restaurativa e da Comunicação Não Violenta é transversal e pode auxiliar no nosso diálogo interno, na família, nas relações com os colegas de trabalho, na atividade fim das instituições e nos mais diversos setores da vida em sociedade", disse. 

O encontro teve como tema central a educação para a cidadania e construção da paz. "O alcance da justiça restaurativa estende-se muito além das fronteiras escolares, contudo, é no ambiente escolar que ela encontra um terreno fértil para se desenvolver profundamente, como nos disse Kay Prannis quando esteve aqui no último setembro. Nas escolas os grupos interagem regularmente e de maneira contínua, a justiça restaurativa se estabelece de modo orgânico, crescendo em espiral a partir do núcleo central, qualquer semelhança com o girassol não é mera coincidência", explicou Analú. 


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A Coordenadora do Nupia também falou sobre os planos do MPSC para o próximo ano na área da autocomposição. "Pretendemos ampliar o alcance da metodologia para novas áreas de atuação, como o sistema socioeducativo, o atendimento a vítimas de violência doméstica, a intervenção junto a agressores, o suporte em reuniões de equipe e um olhar atento para a saúde mental dos nossos membros e colaboradores", pontuou. 

Na sequência, o Subprocurador-Geral para Assuntos Institucionais, Paulo Antonio Locatelli, representando o Procurador-Geral de Justiça, Fábio de Souza Trajano, destacou a importância do evento e da temática. "Hoje, além de teoria, vamos abordar a prática. Vamos falar sobre experiências exitosas que podem ser replicadas em várias áreas", disse. "O Ministério Público de Santa Catarina tem diversos projetos e iniciativas, mas há alguns que chamam mais atenção por conta do alcance social e de sua eficiência, que faz aflorar no Promotor de Justiça sentimentos básicos, como ser solidário, interativo e resolutivo. E a Justiça Restaurativa nos traz essa possibilidade", destacou.