Injúria racial: dois réus que ofenderam jogador e preparador físico são condenados em Cunha Porã
Preto, preto careca, negrada, macaco, esse time de preto, leva esse teu time de preto embora, aqui ninguém gosta de preto. Essas foram algumas das ofensas proferidas por dois réus a um jogador e a um preparador físico durante uma partida da Liga Catarinense de Futsal em Cunha Porã, no Oeste do estado.
A pedido do Ministério Público de Santa Catarina (MPSC), os réus foram condenados pela prática do crime de injúria racial. Um deles deverá cumprir um ano de reclusão em regime aberto, e o outro, um ano e dois meses de reclusão em regime semiaberto. Um dos réus teve a pena privativa de liberdade substituída pelo pagamento de cinco salários mínimos. O valor será recolhido ao Fundo de Penas Alternativas da comarca.
De acordo com a denúncia, durante o jogo, os réus, que estavam na arquibancada, ofenderam as vítimas diversas vezes, na presença de várias pessoas. O Promotor de Justiça Marco Aurélio Morosini explica que as ofensas raciais também foram direcionadas a outros jogadores e a torcedores. Um dos réus chegou a ser retirado do ginásio de esportes durante a partida.
O crime de injúria racial não pode ser tolerado em nenhuma situação, nem mesmo se praticado no contexto de manifestações de torcidas em eventos esportivos, quando os ânimos estão exaltados. É muito importante mostrar para a sociedade que o Ministério Público está atento a essas condutas e que elas podem ser punidas criminalmente, enfatiza.
A sentença é passível de recurso, e os réus terão o direito de recorrer em liberdade.
Os nomes dos envolvidos e mais detalhes sobre o caso não foram divulgados porque o processo tramita em segredo de justiça.
MPSC no combate às práticas racistas
O MPSC conta com o Núcleo de Enfrentamento aos Crimes de Racismo e Intolerância (NECRIM), instituído em 2020 por meio do Ato n. 496/2020. O NECRIM dá suporte técnico e operacional às Promotorias de Justiça que apuram casos de crimes de intolerância, crimes de ódio ou ameaças motivadas por questões de raça, gênero, ideologia e religião.
Além do núcleo, o Ministério Público catarinense criou, no segundo semestre de 2022, a 40ª Promotoria de Justiça da Capital, especializada no combate aos crimes de racismo, de ódio e intolerância e com abrangência estadual. Essa foi mais uma medida da instituição para o combate a esses tipos de crimes, cujo número vem crescendo nos últimos anos.
O Ministério Público tem a missão de garantir os direitos fundamentais da pessoa e da cidadania e defender os direitos de todos, sem distinção.
Rádio MPSC
Ouça o Promotor de Justiça Marco Aurélio Morosini.
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