Cerca de 1% dos brasileiros mais ricos (1,7 milhão de pessoas) detém uma renda equivalente à renda dos 50% mais pobres (86,5 milhões). Os dados são do relatório Radar Social, elaborado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), e colocam o Brasil em segundo lugar quando o assunto é má distribuição de renda, atrás apenas de Serra Leoa, na África. Para discutir essa realidade sócio-econômica e buscar alternativas para diminuir a desigualdade social foi organizado o 2º Encontro Catarinense do Terceiro Setor: Eqüidade Social - Um olhar sobre o abismo social brasileiro. O encontro, que acontece entre os dias 29 e 31 de março em Florianópolis, é uma iniciativa da Fundação Casan (Fucas), do Instituto Santa Catarina de Solidariedade e do Ministério Público de Santa Catarina (MPSC), através do Centro de Apoio Operacional da Cidadania e Fundações (CCF).

Durante os três dias de encontro, palestrantes e especialistas com atuação destacada no Terceiro Setor irão discutir alternativas e o melhor caminho para implementar políticas sociais sustentáveis e eqüitativas. Os participantes vão conhecer iniciativas bem sucedidas de organizações não-governamentais (ONGs) e aprender como elaborar projetos e capacitar recursos para o Terceiro Setor.

Na solenidade de abertura, o Procurador-Geral de Justiça Pedro Sérgio Steil destacou a importância da colaboração do Ministério Público em um evento que objetiva trazer informações técnicas para capacitar cada vez mais os agentes envolvidos no Terceiro Setor. O Ministério Público tem uma atenção muito especial com o terceiro setor, tanto que deu atribuição à 25ª Promotoria de Justiça da Capital para cuidar dos feitos nesta área, com abrangência em todo o Estado. O MPSC, junto com outros profissionais e entidades, recebeu a "Homenagem aos Amigos do Terceiro Setor".