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O pontapé inicial da campanha "Nossa torcida é pela paz" foi na manhã desta terça-feira (9/9), durante uma entrevista coletiva na sede do MPSC, em Florianópolis. Promovida pelo Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) com o apoio do Conselho Nacional de Procuradores-Gerais (CNPG) e a Federação Catarinense de Futebol (FCF), a iniciativa tem como proposta engajar torcedores, clubes e toda a comunidade esportiva no combate à violência e na promoção de segurança e respeito nos estádios.   

O Subprocurador-Geral de Justiça para Assuntos Institucionais, Andrey Cunha Amorim, abriu a coletiva destacando que o objetivo é fazer com que o torcedor tenha a certeza de que o estádio de futebol é um ambiente seguro e de alegria. "Esta campanha tem o foco na prevenção. Queremos que as famílias que vão ali para assistir um jogo de futebol tenham a segurança de que retornaram para casa exatamente como chegaram, sem atos de violência", disse. 

O Vice-Presidente da Federação Catarinense de Futebol, Carlos Fernando Crispim, reforçou a importância da união de esforços. "É uma campanha que nós todos temos que abraçar. E a imprensa também. É fundamental nós propagarmos essa campanha que está sendo lançada hoje. É importante essa campanha continuar. A paz nos estádios é necessária. Nós não podemos mais aceitar nem admitir esses embates que estão acontecendo nas arquibancadas", afirmou.  

O Procurador Jurídico da Federação Catarinense de Futebol, Rodrigo Goeldner Capella, falou sobre a parceria entre o MPSC e a FCF. "É com muita satisfação que nós voltamos ao Ministério Público para mais uma parceria, agora não de repressão, mas de prevenção. Os 16 clubes integrantes da Copa Santa Catarina estão engajados efetivamente nessa campanha, muito bem coordenada pelo Ministério Público. Esta iniciativa será de grande sucesso e conclamamos a todos os torcedores que venham a apoiar a campanha do Ministério Público do Estado de Santa Catarina". 

O presidente do Avaí, Júlio César Heerdt, e o Diretor de Comunicação e Marketing do Figueirense, John Leo, representaram os times de Santa Catarina na coletiva. Heerdt ressaltou que "nós temos que conscientizar as nossas torcidas, tanto a do Avaí e do Figueirense, como as torcidas dos demais clubes de Santa Catarina, que a nossa briga é dentro de campo e lutando pelos nossos limites, pela nossa excelência, e não pela destruição de um ou do outro". O Diretor de Comunicação e Marketing do Figueirense reforçou. "O Ministério Público montou essa campanha junto com a Federação Catarinense, mas é uma campanha do futebol de Santa Catarina. Somos um estado de excelência em tantas áreas. Podemos ser uma referência no Brasil nessa questão de comportamento do público dentro do estádio e de torcidas se relacionando no lado de fora também", disse. 

Hoje, no início do clássico Figueirense e Avaí, uma faixa com o mote "Nossa torcida é pela paz" estará no campo como uma das ações da campanha.  


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Atuação do MPSC e origem da campanha 

A Coordenadora do Centro de Apoio do Consumidor, Promotora de Justiça Aline Restel Trennepohl, reforçou que o Ministério Público tem a obrigação constitucional de defender a segurança e saúde dos consumidores, e isso inclui os torcedores de eventos esportivos. 

Além de campanhas de conscientização como a que lançamos hoje, Santa Catarina tem dois termos de ajustamento de conduta em vigor. "O primeiro deles tem a finalidade de atacar a segurança estrutural dos espaços onde as partidas são desenvolvidas. E o segundo é voltado a evitar a violência nos estádios. Por meio do nosso TAC contra a violência nos estádios, a gente tem a ideia de, através da previsão de obrigações claras para as torcidas organizadas e para os clubes, estimular até que as próprias torcidas organizadas retirem do seu meio esses torcedores mal intencionados", explicou. "E com essa campanha queremos plantar a semente de uma cultura de paz nos estádios para a atual e para as futuras gerações", afirmou a Promotora de Justiça.  

A campanha nasceu no grupo de Trabalho de Campanha Compartilhada do GNCOM, vinculado ao Conselho Nacional de Procuradores-Gerais de Justiça (CNPG). A demanda surgiu a partir das Promotorias de Justiça com atuação na área do Consumidor de todo o país. Em Santa Catarina, teve início na 29ª Promotoria de Justiça de Florianópolis, à época conduzida pelo Promotor de Justiça Wilson Paulo Mendonça Neto.  

Sobre a Campanha 

As peças serão veiculadas durante toda a Copa Santa Catarina, nos perfis das redes sociais do MPSC e dos clubes participantes da competição. A partir de depoimentos reais de torcedores, o MPSC divulgará em suas redes sociais vídeos com depoimentos que retratam a paixão, a alegria e a união de quem frequenta os estádios em Santa Catarina.   

Nesta terça-feira, ao meio-dia, todos os clubes divulgaram um card com a mensagem da campanha como forma de incentivo e apoio no combate à violência.  

A campanha foi desenvolvida pela Coordenadoria de Comunicação Social do MPSC. Criciúma, Joinville, Avaí, Figueirense, Chapecoense, Marcílio Dias, Brusque e Barra cederam imagens para os vídeos. Torcedores gravaram os depoimentos de forma voluntária. O narrador esportivo Sérgio Murilo e o apresentador Silvio Lodi (que fez a locução da campanha) também contribuíram de forma voluntária. 

Campanha será compartilhada em todo o país  

A proposta da campanha "Nossa torcida é pela paz" vai muito além da Copa Santa Catarina. Por meio do Grupo Nacional de Comunicação do CNPG, a campanha poderá ser utilizada por outras unidades do Ministério Público brasileiro. As peças poderão ser adaptadas por depoimentos dos times dos estados. 


Confira os vídeos da campanha