Ela comenta, ainda, que, por outro lado, também se mostra prudente a adoção de mecanismos para a conscientização do agressor, inclusive com a realização de grupos de reflexão.
A Promotoria de Justiça relata no procedimento administrativo ações como o Centro da Mulher de São Bento do Sul, criado em 2024, que oferece atendimento especializado e humanizado, incluindo acolhimento em casa de proteção, encaminhamentos para serviços de saúde e apoio à autonomia financeira das vítimas. A atuação da Procuradoria da Mulher da Câmara Municipal, que realiza palestras educativas em escolas, também é reconhecida como fundamental para a conscientização da sociedade.
Além disso, outras atividades, como a da Rede Catarina da Polícia Militar, da Delegacia de Proteção à Criança, Adolescente, Mulher e Idosos (DPCAMI) e do Conselho Municipal dos Direitos da Mulher (COMDIM), integram a rede de proteção, promovendo ações conjuntas e grupos reflexivos para homens encaminhados por medidas protetivas.
Já no município de Campo Alegre, integrante da comarca, embora haja menos estrutura, o MPSC aponta que o atendimento às vítimas vem sendo realizado por meio da rede de saúde e assistência social, especialmente pelo Serviço de Proteção Social de Média Complexidade.
"Certo é que todos os órgãos devem atuar, cada qual em sua esfera de atribuição, visando alcançar um objetivo comum, a proteção, apoio, acolhimento e orientação integrais às mulheres vítimas de violência doméstica, razão pela qual embasou a instauração do procedimento, a fim melhor acompanhar as políticas públicas que vêm sendo efetivamente adotadas por todos os órgãos que compõem a rede de proteção nos municípios da comarca", ressalta a Promotora de Justiça.