O Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) ofereceu denúncia contra quatro pessoas pelo homicídio do empresário Humberto Luiz Cavazzotto, executado na manhã do dia 20 de janeiro deste ano. Uma quinta pessoa foi denunciada pela adulteração da placa do veículo utilizado no crime.

Segundo a denúncia, apresentada pela 8ª Promotoria de Justiça de Balneário Camboriú na sexta-feira (8/5), o crime teria sido arquitetado por um advogado - que devia parte do pagamento de um veículo adquirido do empresário pelo valor de R$ 100 mil - e sua namorada, por estar incomodado com a cobrança insistente da dívida.

Com suposto auxílio de um amigo, preso em Osório, no Rio Grande do Sul, conseguiram o contato de um quarto elemento, contratado para executar o crime. No dia anterior ao homicídio, o advogado e o executor teriam roubado um veículo, na cidade de Itajaí. Uma quinta pessoa, também contatada por meio do amigo preso, teria substituído a placa do carro por outra clonada e foi denunciada exclusivamente por esse fato.

No dia do crime, seguindo orientações do amigo preso, o executor teria estacionado próximo à casa do empresário e o advogado teria ficado à espreita nas proximidades. Por volta das 8h25, a vítima foi até a frente de sua casa para despedir-se de um amigo com quem estava tomando chimarrão. Nesse momento o executor o teria abordado e desferido seis tiros, causando sua morte.

Em seguida, teria se encontrado com o advogado e ambos seguiram para Porto Alegre, enquanto a namorada ficou em casa, monitorando veículos de comunicação e redes sociais para passar aos demais criminosos as informações sobre o homicídio que estavam sendo divulgadas.

Para o Ministério Público, o homicídio teria sido duplamente qualificado, por ter sido praticado por motivo torpe e sem possibilidade de defesa pela vítima. A denúncia foi recebida pelo Poder Judiciário ainda nesta sexta-feira (8/5), tornando os cinco denunciados réus na ação penal.

Ao apresentar a denúncia, o Ministério Público se manifestou pela manutenção da prisão preventiva dos quatro denunciados por homicídio, sendo a namorada em prisão domiciliar com uso de tornozeleira, por ter crianças que dependem de sua presença.

O advogado e o executor respondem pelos crimes de homicídio, roubo de veículo e adulteração de sinal identificador de veículo; a namorada, por homicídio; o amigo preso, por homicídio e adulteração de sinal identificador de veículo. Por este último crime responde também a pessoa que realizou a alteração da placa. (Ação penal n. 5006807-92.2020.8.24.0005)