Denunciados pelo MPSC na operação Sob Encomenda são condenados a mais de 350 anos de prisão
Em 2021 foi deflagrada operação do Gaeco Sob Encomenda que apurou a prática de diversos crimes ligados a facção criminosa.
Em 4/8/2021, a 13ª Promotoria de Justiça de Joinville, com apoio do GAECO e DIC de Joinville, deflagraram a operação denominada 'Sob Encomenda', que mirava a prisão e responsabilização de membros de organização criminosa que atuava, principalmente, na entrada de aparelhos celulares, drogas e outros objetos ilícitos nos estabelecimentos prisionais.
A ação principal visava coibir a atuação de advogados e agentes públicos nesse crime, pois as provas demonstraram que eles atuavam dentro desse esquema na função conhecida como sintonia, realizando o fluxo de comunicações com conteúdo criminoso, além de tráfico de drogas e inserção de celulares nas prisões.
Pouco mais de um ano depois, foram oferecidas 11 denúncias pelo Ministério Público, contra 49 pessoas, pela prática de crimes como integrar organização criminosa, tráfico de drogas, associação para o tráfico de drogas, formação de quadrilha, corrupção ativa e passiva, favorecimento real e lavagem de dinheiro, cujas as penas dos processos julgados até agora, somadas, alcançam o patamar de 359 anos de prisão. Desses processos criminais, sete já foram julgados pelo Poder Judiciário, e os outros quatro estão com a instrução concluída.
Dentre os advogados investigados, foram condenados pela 2ª Vara Criminal de Joinville até o momento Albani Bergamini (nove anos, dois meses e 15 dias de reclusão), Samuel Cunha (4 anos de reclusão), Natali Cardoso de Lima (21 anos, nove meses e três dias de reclusão), Márcio Jean Guelere (21 anos, dois meses e 24 dias de reclusão), Diogo Tomé Cardoso Ramos (13 anos, sete meses e 10 dias de reclusão), José Carlos Cabral (quatro anos e seis meses de reclusão), Fabiano Cabreira Goudinho (48 anos e oito meses de reclusão) e Pâmela Cristina do Nascimento (12 anos, cinco meses e 10 dias de reclusão), enquanto o servidor público Lincoln Roberto Rafaelli recebeu a pena de 15 anos, seis meses e 12 dias de reclusão.
Com relação aos demais envolvidos, as penas variam de quatro a 38 anos de prisão.