Aproximadamente 30 moradores de rua foram identificados no Centro de Florianópolis, nesta quarta-feira (06/04), em operação conduzida pelo Ministério Público de Santa Catarina (MPSC). A equipe formada pelo MPSC, Polícia Militar, Polícia Civil, Secretaria de Assistência Social e Conselho Comunitário de Segurança (Conseg) também encaminhou uma senhora com a filha de três anos à Casa da Mulher e prendeu um homem foragido.

De acordo com o Promotor de Justiça Daniel Paladino, da 30ª Promotoria de Justiça da Capital, o encaminhamento da mãe com a filha ocorreu por estarem em situação de vulnerabilidade. Elas foram encontradas embaixo da ponte e remetidas à Casa da Mulher. Já o cidadão autuado foi preso após ser apurado que seu nome constava como foragido. Dessa forma, foi recolhido à Delegacia de Polícia de Biguaçu.

A força-tarefa percorreu as ruas do Centro com o intuito de vistoriar locais de concentração de pessoas em situação de rua. Assim que identificados, os moradores eram abordados pela equipe, que levantava as razões pela qual os habitantes estavam ali e oferecia o recolhimento em albergues e possíveis tratamentos médicos.

As digitais destas pessoas foram colhidas para, posteriormente, serem confeccionados documentos de identidade e localizar possíveis desaparecidos informados por familiares e amigos. Todos foram orientados a procurar o Centro de Referência Especializado para População em Situação de Rua (POP) da Capital, para triagem e apoio especializado.

A Prefeitura de Florianópolis, representada pela Secretaria de Assistência Social, voltará ao local em que encontrou os moradores para verificar se aceitarão o recolhimento nos albergues ou o início de tratamento médico.

A atuação desta quarta-feira faz parte de uma série de ações semelhantes que o MPSC realiza desde 2013. No ano passado, além do centro de Florianópolis, foram identificados os moradores de rua no Norte da Ilha. Também foram feitos levantamentos de imóveis abandonados e de locais com pouca iluminação na Capital, o que resultou na regularização de algumas destas propriedades e demolição de outras. "Regularmente realizamos esse tipo de ação para devolver a dignidade para essas pessoas, que, por algum motivo, foram morar na rua", explica o Promotor de Justiça Daniel Paladino.