MPSC leva som e acolhimento a instituições de longa permanência para idosos em Gaspar
As iniciativas começaram na sexta-feira (3/10) e seguirão nos dias 10 e 17 de outubro.

“Eu nunca imaginei que, durante uma fiscalização, a gente iria ouvir violoncelo e violão. Foi muito especial. Parecia que a música abraçava a gente”. O relato emocionado de dona Diva Silveira, de 75 anos, acolhida na Convivência Lourenço, em Gaspar, resume o clima da visita realizada na última sexta-feira (3/10) pelo Ministério Público de Santa Catarina (MPSC), por meio da 1ª Promotoria de Justiça do município.
A iniciativa vai além da atribuição institucional: ao mesmo tempo em que fiscaliza as condições dos espaços, a Promotora de Justiça Aline Boschi Moreira transforma os encontros em momentos de sensibilidade e afeto. E não está sozinha nessa missão. Parte dos músicos que a acompanham são colaboradores do próprio Ministério Público: a residente da Promotoria de Justiça, que toca violino, e a estagiária, que empresta sua voz para as canções. Já entre os convidados estão uma amiga da estagiária, responsável pelo violão, e o pai da residente, que se juntou à caravana solidária levando o violoncelo.
A ideia de unir música e fiscalização surgiu da escuta da realidade das instituições. “Quando eu visitei os espaços no ano passado, todos me disseram que tinham dificuldades de trazer lazer para dentro das instituições de acolhimento de idosos, então este ano achei legal fazer algo diferente”, relatou a Promotora de Justiça Aline Boschi Moreira.
“É emocionante poder cantar para levar alegria em um momento tão especial. Acho que nós recebemos tanto quanto doamos”, disse a estagiária Maria Eduarda Goedert.
“A música tem o poder de aproximar as pessoas. Ver os olhos dos idosos brilhando é a melhor resposta que nós poderíamos ter”, complementou a residente Sarah Sant’Anna.
Arte como ponte
A cada visita, a rotina das instituições é interrompida pelo som da música e pela presença de quem olha não apenas para as normas, mas também para o coração das pessoas acolhidas. “Queremos que cada fiscalização seja também um gesto simbólico: ao mesmo tempo em que olhamos com rigor para o cumprimento das normas, olhamos com afeto para aqueles que estão nesses espaços”, reforçou a Promotora de Justiça.
“É uma alegria participar e ver de perto a reação deles. A música realmente transforma o ambiente”, falou Jorge Sant’Anna, pai de Sarah, que dedicou seu tempo para as apresentações com o violoncelo.
Garantia de direitos com sensibilidade
As fiscalizações do MPSC têm como objetivo verificar a estrutura, os atendimentos e a gestão das instituições de longa permanência para idosos, assegurando que os direitos das pessoas acolhidas sejam respeitados. O diferencial dessa iniciativa é mostrar que garantir direitos também pode ser acompanhado de empatia, cultura e calor humano.
“Receber o Ministério Público com música foi algo maravilhoso. Para os idosos, é um gesto que vai ficar marcado na memória e no coração”, disse a coordenadora do residencial, Damaris Theodoro de Oliveira.
“Todos gostaram muito das apresentações. Foi uma beleza. Só agradecer por esses anjos que Deus colocou em nossos caminhos”, afirmou José Luiz Souza, morador do Residencial Lourenço há dois anos.
As fiscalizações ocorrerão, ainda, nos dias 10 e 17 de outubro, em outras duas instituições de Gaspar:
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10 de outubro, às 14h – Sant’Anna – Rua Frei Solano, n. 377, bairro Gaspar Mirim;
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17 de outubro, às 14h – Beumler – Rua Oscar Deichmann, n. 45 (última casa da rua à direita), bairro Bela Vista.
Sem irregularidades
No Residencial Lourenço, primeira instituição visitada, não foi encontrada nenhuma irregularidade. O local apresentou boas condições de higiene, conforto e acolhimento, refletindo o compromisso da equipe com o bem-estar dos residentes.
Além de questões técnicas, como os laudos da Vigilância Sanitária e do Corpo de Bombeiros, também são observadas as formas de convivência e o cuidado humano dispensado aos idosos
“Essas visitas são a prova de que podemos unir responsabilidade institucional e humanidade. Essa é a essência do nosso trabalho”, finalizou a Promotora de Justiça Aline Boschi Moreira.
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