Fundamentos e desafios da IA são debatidos na 142ª reunião do CNCGMPEU
O Subprocurador-Geral de Justiça de Gestão Estratégica do Ministério Público do Rio Grande do Sul (MPRS), João Cláudio Pizzato Sidou, ministrou, nesta sexta-feira (14/2), a palestra "Inteligência artificial: fundamentos, usos, desafios e riscos". A palestra integra a programação da 142ª reunião do Conselho Nacional dos Corregedores do Ministério Público dos Estados e da União (CNCGMPEU), sediada no Ministério Público de Santa Catarina (MPSC).
Durante a palestra, Sidou destacou a experiência de implementação de inteligência artificial no Rio Grande do Sul para auxiliar as atividades dos membros do Ministério Público. "Temos um trabalho anterior com base no tratamento de dados e agora estamos implementando as soluções para tentar auxiliar neste trabalho de levar o conhecimento e qualificar as pessoas", explicou.
Após apontar um breve histórico e conceituar que os modelos de IA são baseados em uma análise estatística, Sidou explicou que a inteligência artificial é resultado de um longo período de desenvolvimento e que só recentemente começou a se democratizar. O Subprocurador-Geral de Justiça deu enfoque para as boas práticas e o bom uso das ferramentas, além de abordar situações de uso inadequado da inteligência artificial em uma instituição como o Ministério Público.
Sidou, que tem envolvimento nas áreas de tecnologia e inovação, explicou como a ferramenta está sendo utilizada no Rio Grande do Sul. "Temos um projeto em andamento com algumas soluções, como, por exemplo, a transcrição de vídeo, que vai muito além da mera transcrição. Trabalhamos com análise de sentimento, resumo, interatividade", esclareceu. O MPRS tem parceria com empresas que atuam no desenvolvimento dessas ferramentas.
O Subprocurador-Geral de Justiça assegurou que as ferramentas de IA não substituirão os trabalhos realizados pelos membros do MP e, inclusive, contribuirão para agilizar as atividades desenvolvidas no Ministério Público. "Apesar do receio, não acredito que essas ferramentas substituirão as pessoas. Elas atuam para acelerar o trabalho, além de oferecerem qualidade e segurança, permitindo-nos realocarmos a mão de obra para outras tarefas que atualmente não conseguimos atender", disse.
Sidou visualiza o Ministério Público do futuro com a presença da inteligência artificial. "Nosso grande desafio da atualidade é se manter atual. Estamos muito no começo para entender todos os efeitos dessas ferramentas nas nossas atividades. Porém, em um futuro próximo, o MP será um Ministério Público ainda mais próximo da sociedade, mais assertivo, resolutivo e muito mais eficiente", finalizou.
Reunião do CNCGMPEU
Instituído em 1994, o principal objetivo do CNCGMPEU é defender os princípios, prerrogativas e funções institucionais do Ministério Público. O Conselho também busca integrar as Corregedorias-Gerais, promover o intercâmbio de experiências funcionais e administrativas e traçar políticas e planos de atuação uniformes e integrados.
Nesta sexta-feira (14/2), o Ministério Público de Santa Catarina sediou a 142ª reunião do CNCGMPEU. O evento reuniu Corregedores-Gerais de todo o país e outras autoridades convidadas. A cerimônia teve início na quinta-feira (13/2), com a solenidade de posse do Corregedor-Geral do MPSC, Fábio Strecker Schmitt, como Presidente do CNCGMPEU. Além da posse de Strecker, a 142ª reunião do Conselho Nacional dos Corregedores do Ministério Público dos Estados e da União conta com palestras e uma reunião administrativa.
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