O Castelinho é considerado um marco da colonização austríaca no Brasil. Ele foi construído na década de 1930 para receber a família do então Ministro de Agricultura da Áustria, Andreas Thaler. Uma de suas salas foi utilizada como Prefeitura Municipal e sede administrativa no início da municipalização de Treze Tílias. O imóvel foi doado pela família ao Município a partir de um acordo judicial nessa ação civil pública, e hoje abriga o Museu Municipal Andreas Thaler. Cabe ao Poder Executivo mantê-lo e preservá-lo.
Um estudo realizado pela Fundação Catarinense de Cultura ressalta que "o entorno verde e sua visibilidade são intrínsecos à edificação", portanto, "é imprescindível a delimitação de uma envoltória de proteção que evite novas construções". Acredita-se que algumas árvores do jardim foram plantadas pelo próprio Andreas Thaler, considerado o fundador de Treze Tílias.
"Com amparo na manifestação da Fundação Catarinense de Cultura, considerando-se a importância histórica do imóvel e do seu entorno não somente para o Município de Treze Tílias, mas para todo o Estado de Santa Catarina e inclusive para o Brasil, porquanto marco do início da colonização austríaca no país, considerando-se ainda a constatação feita de que o Castelinho terá sua visão obstruída com as construções pretendidas, ainda que parcialmente, impõe-se a preservação dos jardins do entorno do Castelinho de Treze Tílias", diz a sentença expedida pela Juíza Dominique Gurtinski Borba Fernandes.
"Tradicionalmente os cartões postais de Treze Tílias contemplam o Castelinho e seu entorno, o belo gramado e suas árvores, vistos por todos que chegam ao centro por meio da principal via de acesso, a Rua Dr. Leoberto Leal. Essa imagem faz parte, desde muitos anos, da identidade visual da cidade, não podendo ser apagada por construções que impeçam que seja visualizada da forma como sempre promoveu o município, inclusive internacionalmente. A decisão do Poder Judiciário considerou essa questão, garantindo a permanência e conferindo proteção a esse importante registro visual da cidade", conclui a Promotora de Justiça.