Pioneiro na gestão guiada por dados, MPSC amplia modernização e transparência
Plataforma MP em Dados reúne importantes informações de maneira a facilitar visualização e permitirá acesso a membros e servidores.
Quando o uso de ferramentas de dados voltadas para auxiliar a gestão pública ainda era escasso, o Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) se tornou vanguarda no assunto e assumiu o protagonismo ao iniciar uma política de modernização na administração. O processo, iniciado há 12 anos, otimizou e trouxe mais eficiência para o gerenciamento dos diversos setores da instituição. Agora, depois de provar os benefícios dessas tecnologias e seguir atualizando tais ferramentas, o MPSC dá início a mais uma fase dentro da estratégia de modernização e transparência na gestão: a ampliação da Plataforma MP em Dados.
As informações atualizadas foram reforçadas pelo Subprocurador-Geral para Assuntos de Planejamento e Inovação, Promotor de Justiça Luciano Trierweiller Naschenweng, que divulgou a criação do MP em Dados, recurso que irá ampliar o acesso às informações pelas equipes das Promotorias de Justiça. "Considerando a democratização do acesso às ferramentas de dados a todos os membros e servidores, a ferramenta Portal do Promotor vai passar a se chamar MP em Dados. Além disso, os próximos passos já estão definidos: a difusão do conhecimento de usos de dados, com o Programa de Alfabetização no Uso de Dados e o treinamento sobre as ferramentas disponíveis, o impulsionamento do desenvolvimento autônomo de painéis de dados pelas diversas áreas do MPSC e a implementação inicial de painéis atualizados em tempo real, com base em dados do sistema da área fim. Assim, o MPSC, como vem fazendo há muitos anos, aposta no caminho da modernização para sempre se manter na vanguarda do serviço público", disse.
O resultado da vanguarda do MPSC no uso de dados como guia para a gestão e para a atividade-fim e a democratização das informações para as equipes das Promotorias de Justiça são atestados pelo Subprocurador-Geral de Justiça para Assuntos Institucionais, Promotor de Justiça Alexandre Estefani. "Nesses últimos dois anos, a Administração Superior tentou deixar esses dados mais fáceis, transparentes, acessíveis para o corpo técnico das Promotorias de Justiça e assessorias. Por isso, se buscou ampliar o acesso a painéis de dados, que eram restritos a membros, para toda a equipe das Promotorias de Justiça. Assim foi ampliada a utilização desses dados e melhoramos a atividade finalística da instituição".
Estefani explica também que além da ampliação de acesso, os painéis ficaram mais simples, de fácil compreensão. "A democratização, a facilitação de acesso e mais transparência vão continuar seguindo. Isso culminou inclusive com a nova Subprocuradoria para Assuntos em Inovação, que vai poder trabalhar com mais afinco o MP em Dados e vai dar a real noção da importância dessa ferramenta. A Subprocuradoria dará continuidade nessa caminhada para poderemos cada vez mais apresentarmos melhores resultados usando de dados técnicos, da tecnologia e da informática", salienta.
Mais de uma década inovando
A inserção de ferramentas de dados voltadas para auxiliar na gestão do MPSC e na execução de sua atividade-fim teve início ainda em 2011, quando a instituição passou a incorporar essas tecnologias não apenas para uso próprio, mas em formato de parceria com outros órgãos públicos de Santa Catarina, ajudando a criar uma cultura de transparência, agilidade e modernização, como explica o Procurador-Geral de Justiça da época, Lio Marcos Marin. "Fizemos um levantamento estratégico para detectar potencialidades e dificuldades do MP e uma das necessidades era a compilação de dados, o trabalho com informações. Começamos a organizar os dados referentes às questões administrativas e isso trouxe um bom resultado nas atividades diárias. Então percebemos que na nossa atividade-fim precisaríamos de mais informações, mais elementos. Foi daí que partiu a ideia de fornecermos informações para que os Promotores de Justiça pudessem melhor exercer o ofício deles. Verificamos que precisávamos de informações de secretarias e outros órgãos e que eram acessíveis ao MP, mas que para conseguirmos dependíamos de uma série de ofícios e requisições e isso levava tempo. Então partimos para um trabalho de parceria: dizemos convênios, termos de cooperação com diversos órgãos para que nós tivéssemos esses elementos nos quais trabalharíamos e disponibilizaríamos, depois de organizados, para esses órgãos poderem trabalhar também", conta.
Secretário-Geral do MPSC entre 2012 e 2015 e Subprocurador-Geral de Justiça para Assuntos Administrativos entre 2016 e 2019, o Promotor de Justiça Cid Luiz Ribeiro Schmitz relembra como o uso de recursos como os de Business Intelligence (BI) - que coletam, armazenam, organizam e apresentam dados para os gestores - aprimorou a administração e atuação do MPSC. "A aplicação de BI's no MPSC foi fundamental para que nós pudéssemos ter o controle integral dessas informações administrativas e finalísticas. Depois desses BI's, nós conseguimos avançar muito em uma gestão administrativa profissional. Começou-se a decidir em cima de questões que efetivamente representavam a necessidade de cada situação que chegava ao conhecimento dos gestores do MP, tanto na área patrimonial, financeira, orçamentária ou contratos internos. Começamos a ter o conhecimento da realidade do MP".
Anos mais tarde, depois que as ferramentas de BI foram implementadas massivamente dentro do MPSC, por meio de uma reforma administrativa ocorrida na gestão do então Procurador-Geral de Justiça, Sandro José Neis, os resultados passaram a ser observados em todas as áreas de atuação da instituição, como afirma o Subprocurador-Geral de Justiça para Assuntos Jurídicos, Procurador de Justiça Fábio de Souza Trajano. "Vários programas institucionais do MP foram desenvolvidos usando esses bancos e painéis de dados. Foi um grande avanço à época essa virada, esse uso de tecnologia para a atividade-fim. Hoje, esses bancos de dados continuam avançando, progredindo, melhorando e fazem parte do MP em todas as suas áreas. O uso de toda essa metodologia, a facilitação da organização dessas informações para proporcionar a adoção da melhor estratégia, evitam a requisição de informações, já que é possível usar um painel, um banco de dados para buscar a informação que antes nós tínhamos que requisitar", enfatiza.
O papel das parcerias
Desde o início da implantação da política de gestão guiada por dados, o desenvolvimento dos painéis na instituição ocorre mediante parcerias firmadas com órgãos públicos. Gerente de Ciência de Dados no MPSC, Rodrigo Figueiredo Brelinger, explica que esses acordos são fundamentais para a construção dos BIs. "Só se pode falar em ciência de dados no MPSC se falarmos das parcerias firmadas com órgãos estaduais e municipais. Sem eles, seria impossível acessar os dados que possuímos hoje nos painéis e que tanto auxiliam o dia-a-dia dos Promotores de Justiça", afirma.
Ao lado de parceiros como o Governo do Estado de Santa Catarina, Assembleia Legislativa, Secretarias de Estado, Tribunal de Contas, Polícia Militar, Polícia Civil, Casan e Celesc, dentre outros órgãos e entidades, o MPSC consegue obter os dados e criar as ferramentas para análise, como explica a Programadora de Computador da instituição, Liliana Oneda. "A gente tem dados que vêm de órgãos de segurança pública, de saúde e de várias outras áreas. Esses entes compartilham os dados conosco e, além de usarmos para nós mesmos, em contrapartida disponibilizamos esses painéis para o pessoal poder acessar. Então os dois lados ganham, a gente tem uma informação, consegue atuar com base nesses dados, e também ajuda esses órgãos, para que tenham melhor capacidade de agir. Na questão da segurança, por exemplo, a gente criou um painel onde a polícia pode ver as ocorrências por dia, horário, região. São parcerias muito boas, úteis para os Promotores de Justiça na atuação aqui no Ministério Público de Santa Catarina, mas também para o órgão que nos fornece os dados, que recebe uma ferramenta que fornece agilidade pra ele", comenta a servidora.
A ampliação desses recursos por meio do fortalecimento do MP em Dados consagra um projeto inicialmente montado para aprimorar a gestão interna do MPSC, mas que passou a ser adotado para potencializar a atuação da instituição junto à sociedade, demonstrando o espírito inovador do Ministério Público de Santa Catarina. Essa história vem sendo escrita por profissionais como o Programador de Computador e Chefe do Setor de Inteligência de Negócio do MPSC, Fernando Augusto Schmitz, que ajudou a implementar o projeto há mais de 10 anos e segue integrando a equipe que trabalha na iniciativa. "A evolução na utilização dos dados se deu principalmente no caso de análise. Os primeiros painéis foram mais operacionais, porém com o crescimento da maturidade tanto da área técnica quanto da área de negócio, passou a se usar o monitoramento voltado a programas institucionais, como o ATUA, o APOIA, dentre outros, e também para análise exploratória e análise avançada de dados. A liberação do acesso aos dados à toda a instituição é algo que já vem sendo feito com a ampliação do licenciamento e será também trabalhada através de uma melhor distribuição desses recursos, por meio de capacitações dos servidores e do encorajamento para que usem essas ferramentas na resolução dos seus próprios problemas e os da sociedade catarinense", conclui o servidor.
Foto 2: Apresentação de BI em 2018 Painel segurança institucional foi apresentado para o TJSC, em 2018
Foto 3: Encontro sobre recurso de Business Intelligence, em abril de 2018
Foto 4: Painel segurança institucional foi apresentado para o TJSC, em 2018
Assista a um vídeo com detalhes sobre uma década de MP em Dados