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O Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) obteve a condenação de um homem pela morte de um desafeto em Jaguaruna, no sul do estado. O Conselho de Sentença reconheceu o homicídio triplamente qualificado, por motivo fútil, meio cruel e emprego de recurso que dificultou a defesa da vítima, e o Juízo fixou a pena em 12 anos de reclusão em regime inicial fechado.

O crime aconteceu em 27 de fevereiro de 2013. Naquela madrugada, João Carlos Fernandes Fausto foi assassinado na própria casa por Edevaldo de Souza da Silva. Ele levou facadas no pescoço, na cabeça, no braço, na barriga, no peito e no tórax, sem poder esboçar qualquer reação.

Segundo consta nos autos, a vítima foi morta porque estava se relacionando com a ex-companheira e criando a filha do réu. O crime foi cometido por ciúmes e desentendimentos a respeito da visitação a menina. As investigações concluíram que a ação foi planejada. Carlos escondeu a moto na mata, invadiu a casa e atacou a vítima com 10 facadas. Por fim, ele queimou as roupas e se desfez da faca.

O julgamento aconteceu quase 10 anos após o crime. A Promotora de Justiça Raísa Carvalho Simões Rollin atuou na sessão do Júri e falou em defesa da vida. "Busquei dar todo o apoio aos familiares da vítima, que aguardavam há muito tempo por esse momento e acompanharam cada momento da solenidade. A sociedade jaguarunense também deu o seu recado: não há lugar para impunidade, mesmo após tantos anos. Que a família e os amigos sigam em frente, confiantes de que a Justiça foi finalmente feita".