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Pelo terceiro ano consecutivo, o Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) realizou o Ciclo de Diálogos sobre a Lei Maria da Penha. O evento alusivo ao Agosto Lilás, mês dedicado ao enfrentamento da violência contra as mulheres, aconteceu na tarde desta sexta-feira (2/8) em Florianópolis. 

Durante a programação foi lançado o Termômetro da Violência Doméstica, uma ferramenta desenvolvida pelo Núcleo de Enfrentamento à Violência Doméstica e Familiar e contra a Mulher em Razão de Gênero (NEAVID) para auxiliar as mulheres a identificarem em seus relacionados possíveis sinais de violência.  

PostO lançamento do Termômetro da Violência Doméstica foi conduzido pela coordenadora do Centro de Apoio Operacional dos Direitos Humanos e Terceiro Setor (CDH) do MPSC, Promotora de Justiça Ana Luisa de Miranda Bender Schlichting. "Essa ferramenta foi baseada em uma referência do Ministério Público do Mato Grosso do Sul. Para desenvolver o Termômetro, ficamos pensando como chegar às vítimas, já que a violência doméstica é praticada em casa, em silêncio, em muitas vezes não tem com quem conversar sobre isso. Com essa ferramenta será possível mostrar caminhos para que as mulheres reconheçam sinais de violência em seus relacionamentos. Vale reforçar que não é uma ferramenta de denúncia, mas um instrumento para auxiliar o despertar da mulher para esse fato", explicou a coordenadora do CDH.
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O Procurador-Geral de Justiça, Fábio de Souza Trajano, falou sobre a importância desse instrumento para auxiliar as mulheres. "O Termômetro da Violência Doméstica vai colaborar para que as mulheres possam avaliar seus relacionamentos e pedir ajuda, se necessário", disse. "A violência contra a mulher fez parte de uma cultura e, infelizmente, ainda faz, mas hoje a grande maioria das mulheres sabe que qualquer ato de violência não pode fazer parte da sua vida. O Termômetro é mais um canal para ajudá-las a sair dessa situação, quebrando o silêncio e o ciclo da violência", completou.   

Trajano apresentou números da violência contra a mulher. "Nos últimos 12 meses, o MPSC ofereceu mais de 6 mil denúncias de crimes contra mulheres, e 85% das sentenças foram pela condenação. Os números não são apenas estatísticos, mas vidas de vítimas dessa violência. Todos os dias nossos Promotores e Promotoras de Justiça atuam para transformar a realidade dessas vítimas e garantir que elas tenham os seus direitos assegurados. O Ministério Público catarinense tem como prioridade contribuir para a diminuição da violência contra a mulher", encerrou.