O Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) pediu e a Justiça de São Joaquim decretou, nesta quarta-feira (23/5), a prisão preventiva de 11 envolvidos na operação "Bola de Neve" - sete agentes e ex-agentes públicos de São Joaquim e quatro pessoas ligadas a empresas de Florianópolis. Sob requerimento do MPSC, o Poder Judiciário em São Joaquim também decretou liminarmente, no último dia 15, a indisponibilidade de bens de agentes públicos, empresas e empresários envolvidos em esquema de fraude a licitações no Município de São Joaquim, desbaratado com a deflagração da operação.
 
Ao todo, foram tornados indisponíveis bens de sete agentes e ex-agentes públicos do Município de São Joaquim, cinco empresários e duas empresas. A medida abarca veículos, imóveis, ações, cotas societárias e aplicações financeiras em nome dos requeridos e visa a garantir o ressarcimento do Município de São Joaquim, caso os implicados sejam condenados em ação de responsabilidade por ato de improbidade administrativa a ser ajuizada. Os requeridos serão citados para contestar o pedido de indisponibilidade dos bens.
 
A ação conjunta dos Grupos de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (GAECOs), força-tarefa composta pelo MPSC, Policias Civil e Militar e Secretaria Estadual da Fazenda,, investiga supostos crimes de formação de quadrilha, fraudes em licitações e crimes contra a administração pública nos municípios de Anita Garibaldi, Cerro Negro, Porto Belo e São Joaquim.
 
Durante a operação, que iniciou na semana passada, foram presas 20 pessoas, a maioria agentes públicos. A última prisão ocorreu no início desta semana em Florianópolis. Dos 20 presos, nove já foram soltos por ter expirado a prisão temporária decretada pela Justiça. Eles continuam, porém, sendo investigados.
 
As investigações, que iniciaram há oito meses pela Comarca de São Joaquim, apuravam eventuais irregularidades em licitações vinculadas à aquisição de serviços de reparo, manutenção e entrega de peças de veículos e máquinas pesadas. No decorrer das investigações, surgiram indícios da ocorrência dos crimes tanto em São Joaquim como nas Prefeituras de Anita Garibaldi, Cerro Negro e Porto Belo.
 
Notícia atualizada nesta quinta-feira, às 9h18.