Tribunal do Júri de Caçador condena mulher a mais de 25 anos de prisão por homicídio e ocultação de cadáver
No dia 24 de julho de 2023, uma moradora de Caçador foi espancada até a morte por uma dívida de drogas. O corpo só foi encontrado uma semana depois dentro de um bueiro, já em estado de decomposição, chocando a comunidade. Na época, quatro pessoas foram denunciadas pelo Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) por envolvimento no crime, e o Poder Judiciário determinou que uma delas fosse submetida ao Tribunal do Júri. Trata-se de uma mulher de 30 anos, presa preventivamente desde setembro daquele ano.
Ela foi julgada na última sexta-feira (7/2), no fórum da comarca. O Promotor de Justiça Caio Rothsahl Botelho conduziu a acusação contra a ré, apresentando as provas do crime aos jurados. As investigações mostraram que ela passou a noite consumindo cocaína com a vítima, no dia seguinte espancou-a até a morte por não ter recebido o pagamento pela droga e ainda descartou o corpo no bueiro.
"O crime foi cometido de maneira brutal e motivado por um sentimento de vingança banal, absolutamente incompatível com qualquer princípio de convivência em sociedade. Não há justificativa para tamanha violência. Por isso, estamos diante de um caso em que a justiça precisa prevalecer", sustentou o representante do MPSC.
Após ouvirem os depoimentos das testemunhas, o interrogatório e os debates entre a acusação e a defesa, os jurados decidiram condenar a ré por homicídio e ocultação de cadáver, reconhecendo duas qualificadoras citadas na denúncia: o motivo torpe e o meio cruel, tendo em vista as circunstâncias e o modus operandi do crime.
A Justiça fixou a pena em 25 anos e nove meses de reclusão em regime inicial fechado, sem direito a recorrer em liberdade. Após o encerramento do julgamento, a ré foi reconduzida ao presídio para o cumprimento da sentença. "A condenação reforça que crimes bárbaros como este não passarão impunes. O Ministério Público de Santa Catarina reforça o compromisso de seguir combatendo a violência", concluiu o Promotor de Justiça Caio Rothsahl Botelho.
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