MPSC e DEIC deflagram Operação Cripto X para apurar suposta pirâmide financeira envolvendo empresa de investimentos em criptomoedas
O Ministério Público de Santa Catarina (MPSC), por meio da 29ª Promotoria de Justiça da Comarca da Capital, e a Diretoria Estadual de Investigações Criminais da Polícia Civil de Santa Catarina (DEIC) deflagraram, na manhã desta quinta-feira (6/4) a operação Cripto X, a fim de dar cumprimento a 18 mandados de busca e apreensão nos endereços vinculados à uma empresa sediada em Florianópolis e a sete pessoas investigadas por suposta fraude financeira.
Os mandados foram requeridos pela autoridade policial com manifestação favorável do Ministério Público e deferidas pelo juízo da 4ª Vara Criminal da Comarca da Capita. O objetivo das buscas é angariar elementos para inquérito civil instaurado pela 29ª Promotoria de Justiça para a investigação do inquérito policial que está sendo conduzido pela DEIC, com participação do MPSC.
O suposto golpe consistiria, basicamente, em arrebatar pessoas para investir em criptomoedas, oferecendo rendimentos atrativos e bastante elevados, que poderiam chegar a até 20% ao mês, em uma espécie de pirâmide financeira.
Com o desmoronamento da dita pirâmide, o principal investigado fechou os escritórios da empresa em Florianópolis e não manteve mais contato com as pessoas supostamente por ele lesadas, deixando milhões de reais de prejuízo para inúmeras vítimas que confiaram seu dinheiro a ele - estima-se que a empresa teria mais de 7,5 mil clientes e movimentado cerca de R$ 900 milhões. Foram identificadas, até o momento, 15 possíveis vítimas que teriam perdido cerca de R$ 1,5 milhão.
Ao deferir os pedidos de busca e apreensão, a Justiça também bloqueou os bens das pessoas físicas e jurídicas investigadas, a fim de assegurar um futuro ressarcimento das possíveis vítimas. Também foi deferido o pedido para proibir os investigados de deixarem a Comarca de Florianópolis e o País.
A ação de hoje é importante forma de reter patrimônio dos investigados para tentar reverter dos prejuízos das vítimas. As investigações agora continuar para possibilitar em breve a deflagração das ações penais e civis pertinentes e a responsabilização dos investigados, destaca o Promotor de Justiça Wilson Paulo Mendonça Neto.
Últimas notícias
18/11/2025MPSC instaura procedimentos e apura brigas entre torcidas e possível crime de racismo em jogo entre Avaí e Remo
18/11/2025FRBL destinará R$ 821 mil para compra de novos equipamentos do Procon estadual
18/11/2025GAECO do MPSC apoia operação Invoice contra sonegação fiscal deflagrada pelo MP de Alagoas
18/11/2025GAECO catarinense cumpre mandado de prisão e de busca e apreensão em apoio ao GAECO do MPCE
18/11/2025MPSC e FACISC firmam adesão ao Protocolo “Não é Não” em evento que reuniu setor público e empresarial
18/11/2025MPSC apresenta recurso e garante aumento de pena para réus que mataram dois irmãos em Criciúma
Mais lidas
10/10/2025GAECO deflagra Operação “Hora do Show” que investiga irregularidades e direcionamento em processos de contratação pública no Oeste
15/10/2025GAECO, em apoio à 39ª Promotoria de Justiça da Capital, deflagra operação para combater organização financeira de facção criminosa
08/10/2025GAECO e Polícia Civil deflagram a operação “Carta branca” para apurar crimes contra a administração pública na região do Planalto Serrano
09/10/2025Mulher que matou companheiro em reserva indígena é condenada
31/10/2025GAECO deflagra Operação Nuremberg para desarticular um dos maiores grupos neonazistas em atividade no Brasil
12/11/2025STJ atende parcialmente MPSC e reconhece que, até 300 metros da preamar, toda restinga é área de preservação permanente