Colégio em Porto Belo deve recuperar área degradada após construção de piscina
Em Porto Belo, o Colégio Ana Luíza firmou acordo judicial comprometendo-se a executar em até um ano um Projeto de Recuperação de Área Degradada (PRAD) sem a demolição de qualquer área edificada. O colégio respondia a uma Ação Civil Pública ajuizada pela Promotora de Justiça Lenice Born da Silva por aterrar e construir uma piscina infantil em área de preservação permanente (APP).
No acordo, homologado pela Justiça em 22 de janeiro de 2019, ficou acertado que o centro de educação apresentará em até 120 dias à Justiça o PRAD, indicando além do local físico, como será feita a recuperação da área degradada. O mesmo projeto deverá ser apresentado em até 180 dias para o órgão ambiental responsável. O documento deverá especificar as ações a serem executadas, a delimitação da área a ser recuperada e os métodos e técnicas utilizados na recuperação.
O caso chegou ao MPSC em 2008, após o IBAMA informar à 1ª Promotoria de Justiça de Porto Belo que havia aberto procedimento administrativo em que foi apurado que o colégio destruiu a vegetação natural na área de preservação. As investigações apontaram que foi realizada a terraplanagem da área para a construção da piscina dentro da faixa de 30 metros do curso d'água. Além da prática ser vedada pelo Código Florestal, a construção não possuía licenciamento ambiental.
Em 2011, o IBAMA emitiu ofício pedindo que em até 30 dias o colégio apresentasse um projeto de recuperação da área degradada. A escola não apresentou o projeto. Diante das circunstâncias, o MPSC instaurou um Inquérito Civil.
No âmbito do inquérito, o colégio afirmou já ter realizado um plano de recuperação ambiental, porém, uma vistoria feita no local pela Fundação do Meio Ambiente de Porto Belo (FAMAP), a pedido do MPSC, apontou que não havia sido aplicado projeto de recuperação algum. Ainda nos laudos técnicos, o MPSC entendeu que a retirada da piscina poderia ocasionar ainda mais impactos à vegetação. Por isso, ajuizou a ação para buscar a compensação da área degradada.
Em caso de descumprimento do acordo judicial, o Colégio Ana Luíza está sujeito à multa diária no valor de R$ 500,00 enquanto persistir a violação. O valor será revertido ao Fundo para Reconstituição de Bens Lesados (FRBL).
O que fazer quando há interesse em construir em um terreno ?
Nesta edição do Promotor Responde, o Promotor de Justiça Paulo Antonio Locatelli, Coordenador do Centro de Apoio Operacional do Meio Ambiente do MPSC, explica quais os trâmites a serem seguidos na hora da construção.
Últimas notícias
18/11/2025MPSC instaura procedimentos e apura brigas entre torcidas e possível crime de racismo em jogo entre Avaí e Remo
19/11/20252º dia do Congresso de Direito Eleitoral aborda fragilidades e desafios de novo Código
18/11/2025FRBL destinará R$ 821 mil para compra de novos equipamentos do Procon estadual
18/11/2025GAECO do MPSC apoia operação Invoice contra sonegação fiscal deflagrada pelo MP de Alagoas
18/11/2025GAECO catarinense cumpre mandado de prisão e de busca e apreensão em apoio ao GAECO do MPCE
18/11/2025MPSC e FACISC firmam adesão ao Protocolo “Não é Não” em evento que reuniu setor público e empresarial
Mais lidas
10/10/2025GAECO deflagra Operação “Hora do Show” que investiga irregularidades e direcionamento em processos de contratação pública no Oeste
15/10/2025GAECO, em apoio à 39ª Promotoria de Justiça da Capital, deflagra operação para combater organização financeira de facção criminosa
08/10/2025GAECO e Polícia Civil deflagram a operação “Carta branca” para apurar crimes contra a administração pública na região do Planalto Serrano
09/10/2025Mulher que matou companheiro em reserva indígena é condenada
31/10/2025GAECO deflagra Operação Nuremberg para desarticular um dos maiores grupos neonazistas em atividade no Brasil
12/11/2025STJ atende parcialmente MPSC e reconhece que, até 300 metros da preamar, toda restinga é área de preservação permanente