16.08.2023

Operação Venefica: Balanço das ações é apresentado em coletiva de imprensa

Foram expedidos sete mandados de prisão e seis foram cumpridos. Entre os presos estão o proprietário de uma clínica de nutrição, medicina e estética avançada em Joinville, além de médicos, nutricionista e biomédico
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A 13ª Promotoria de Justiça da Comarca de Joinville e a Polícia Civil, com o apoio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO) do Ministério Público de Santa Catarina (MPSC), realizaram na tarde desta terça-feira (15/8) uma coletiva de imprensa para apresentar um balanço inicial da Operação Venefica.

Durante o dia foram cumpridos seis, dos sete mandados de prisão preventiva expedidos e 50 mandados de busca e apreensão nos estados de Santa Catarina, Paraná e São Paulo. A Promotora de Justiça Elaine Rita Auerbach, titular da 13ª Promotoria de Justiça de Joinville, relatou que foi reunido durante o cumprimento dos mandados farto material, principalmente acerca de medicamentos que estariam ilicitamente armazenados e sendo vendidos de forma irregular.

Além dos medicamentos, foram apreendidos documentos, receitas médicas, valores em espécie, relógios, instrumentos utilizados para aplicação de medicamentos injetáveis, dentre outros. Foram objeto de sequestro pelo Poder Judiciário imóveis, veículos, valores depositados em bancos e criptomoedas.

Sobre as prisões, o Delegado Regional da Polícia Civil de Joinville Rafaello Ross disse que o dono de uma clínica de nutrição, medicina e estética avançada em Joinville foi preso, além de um familiar dele, um médico, uma farmacêutica, uma auxiliar administrativa de clínica, e uma pessoa que agia como laranja registrando empresas em seu nome.

Na ação coordenada pelo MPSC também houve a suspensão dos perfis em redes sociais das empresas, e ainda foram interditadas quatro empresas, sendo a clínica principal em Joinville, a filial na cidade de Balneário Camboriú e mais duas farmácias, uma em Balneário Camboriú e outra em Itapema, conforme apontou a Promotora. Essas duas clínicas - uma do médico e a outra das duas nutricionistas - também foram interditadas pela vigilância sanitária, administrativamente.

Todas as prisões preventivas que foram cumpridas com a deflagração foram mantidas em audiência de custódia feita ainda na tarde da terça-feira (15/08) pelo Juízo competente.

Durante o cumprimento dos mandados de busca e apreensão, foram presos em flagrante quatro envolvidos, sendo eles um médico, que possuía em sua residência anabolizantes importados do Paraguai, duas nutricionistas e uma auxiliar administrativa. As três estavam atuando em uma nova clínica constituída por elas. Nessa clínica, foram localizados medicamentos anabolizantes que estariam sendo mantidos em depósito, vendidos e entregues ao consumo de pacientes, da mesma forma que era praticado quando elas trabalhavam na clínica do acusado preso na operação.

Em audiência de custódia, as prisões em flagrante do médico e das duas nutricionistas foram convertidas em preventivas. Em relação à auxiliar administrativa, a prisão foi substituída por prisão domiciliar.

A Polícia Científica já iniciou a perícia nos equipamentos eletrônicos e medicamentos apreendidos. Nos próximos dias os investigados serão interrogados, para a conclusão do inquérito policial.




Fonte: 
Coordenadoria de Comunicação Social do MPSC - Correspondente Regional em Joinville