Operação Conta Zerada cumpre mandados de prisão preventiva e de busca e apreensão em Major Vieira
O Ministério Público de Santa Catarina, por meio da 3ª Promotoria de Justiça da Comarca de Canoinhas, em conjunto com as polícias Civil e Militar de Canoinhas, deflagrou, na manhã desta terça-feira (21/9), a operação "Conta Zerada", dentro da investigação que apura a suspeita da prática de diversos crimes, como associação criminosa, peculato e lavagem de dinheiro, no município de Major Vieira, envolvendo uma servidora do município.
Nas cidades de Major Vieira e Canoinhas, foram cumpridos dois mandados de prisão preventiva e oito de busca e apreensão expedidos pelo Juízo da Vara Criminal da Comarca.
A Operação Conta Zerada mobilizou um efetivo total de 44 policias, entre civis e miliares, além da colaboração do Instituto Geral de Perícias (IGP).
Durante a operação, foram bloqueados valores constantes nas contas correntes dos investigados, apreendidos veículos, armas de fogo, joias, dinheiro em espécie, além da decretação da indisponibilidade de imóveis. Todos os bens poderão ser usados para garantir o ressarcimento dos valores desviados e pagamento de multas que poderão ser aplicadas.
Um dos investigados também foi preso em flagrante pela posse ilegal de arma de fogo.
Acerca da operação conjunta, o Comandante do 3º Batalhão de Polícia Militar, Tenente- Coronel Silvano Sasinski assevera que "são importantíssimas ações conjuntas entre os órgãos para conter a criminalidade florescente nos crimes contra a Administração Pública na Comarca de Canoinhas". Por sua vez, o Delegado Regional de Polícia, Dr. Rui Orestes Kuchnir, ressaltou que "além da responsabilização dos envolvidos, operações como essa buscam promover o ressarcimento dos valores aos cofres públicos".
Para o Promotor de Justiça da 3ª PJ de Canoinhas, Renato Maia de Faria, a atuação integrada das forças de segurança pública locais, dos peritos do IGP e do Ministério Público foi fundamental para o sucesso da operação, o que possibilitará a conclusão célere desta fase da investigação, além de viabilizar a coleta de provas para garantir a efetividade do processo penal para a responsabilização dos investigados. "A construção de um acervo probatório nos crimes de colarinho branco depende totalmente de uma atuação conjunta dos órgãos de investigação. Temos que fazer que o crime não compense", assegura o Promotor de Justiça..
A denúncia contra os investigados será apresentada nos próximos dias pela 3ª Promotoria de Justiça de Canoinhas.
Entenda o caso
As informações dos desvios de valores e patrimônio incompatível com a renda chegaram ao Ministério Público por notícia do Prefeito Municipal e dos seus Secretários que desconfiaram que os investigados efetuavam diversos pagamentos de boletos para beneficiários que não eram fornecedores do Município, muitos dos quais parentes da contadora.
Os desvios, até o momento, foram estimados em mais de duzentos mil reais, mas podem ser ainda maiores.
Os investigados já respondem ação penal por fatos semelhantes. Naquela situação, são acusados de desviar R$583.528,60 dos cofres públicos por meio de depósitos em suas contas.
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