MPSC obtém condenação de padrasto que abusava da enteada no Planalto Norte
Denunciado pela 1ª Promotoria de Justiça da Comarca de Porto União, um homem que abusava sexualmente da enteada, foi condenado a 20 anos de reclusão, em regime fechado, por crimes de estupro de vulnerável. Os atos, que foram praticados por cerca de quatro anos contra a criança.
Na denúncia, o Ministério Público de Santa Catarina, descreve que o réu morava com a mãe da vítima, em um dos municípios que integram a Comarca de Porto União. Desde o início deste período, sem que a companheira desconfiasse, praticava atos libidinosos contra a criança, com toques e passadas de mãos nas partes íntimas, por sobre a roupa.
Os abusos se repetiram, diariamente, por aproximadamente quatro anos. Os atos libidinosos aconteciam sempre que a mãe da vítima não estava perto. O fato só veio à tona, após a menina criar coragem e contar para uma amiga o que estava acontecendo.
O Promotor de Justiça, Rodrigo Kurth Quadro, da 1ª Promotoria de Justiça da Comarca de Porto União explicou que "com atos de passar e tocar com as mãos as partes íntimas da menor, ele cometeu crime de estupro de vulnerável, mesmo não havendo conjunção carnal".
A sentença foi emitida pela Vara Criminal da Comarca de Porto União, na quarta-feira, dia 17 de agosto. O caso corre em segredo de justiça e o réu pode recorrer da decisão.
Fique atento aos sinais
Se uma criança ou adolescente está sofrendo algum tipo de abuso sexual, pais e familiares precisam estar atentos para alguns sinais que são enviados pelas vítimas. De acordo com o Promotor de Justiça, "embora não haja uma fórmula certa para constatar se uma criança está sendo ou foi abusada sexualmente, a experiência nos traz alguns sinais capazes de acender uma luz amarela. A queda do rendimento escolar, distúrbios na sexualidade (precocidade), infelicidade generalizada, distúrbio do sono, isolamento, automutilação, entre outras alterações de personalidade".
Ele ressalta ainda que a presença de um ou mais destes sintomas não significa necessariamente que exista violência sexual. São apenas sinais de alerta que podem ser melhor abordados e apurados pelos pais ou responsáveis.
"Grande parte dos casos de estupro de crianças e adolescentes ocorre dentro do próprio ambiente família. O que aumenta a responsabilidade da família na atenção diária do comportamento de suas crianças e adolescentes, como também dos adultos que lá frequentam", alertou.
E para evitar que casos de estupro de vulnerável possam ocorrer, o Promotor de Justiça, Rodrigo Kurth Quadro, evidencia que "manter sempre uma conversa franca com filhos, netos, sobrinhos é um grande começo para se buscar evitar fatos como esse. O contato frequente com professores, pedagogos e direção da escola também é importante, até porque muitas crianças e adolescentes vítimas de abuso sexual buscam na escola um refúgio para contar suas angústias e seus segredos àquele professor ou professora mais próximos", conclui.
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