MPSC ingressa com ações contra Município de Araquari por omissão na fiscalização ambiental
O Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) ajuizou três ações civis públicas contra o Município de Araquari a fim de obrigar o ente público a exercer o seu poder de polícia para coibir infrações ambientais. As ações são resultantes de apurações em inquéritos civis promovidos pela Promotoria de Justiça da Comarca de Araquari.
Uma das ações é relativa a inquérito civil que apurou o fato de uma indústria de móveis ter encerrado as suas atividades em Araquari no ano de 2012 sem dar adequado destino aos resíduos resultantes da operação fabril, remanescendo materiais depositados em toda a extensão do terreno da empresa.
De acordo com o Promotor de Justiça Leandro Garcia Machado, tendo em vista os danos que esses materiais podem causar à saúde humana e ao meio ambiente, a Prefeitura deveria ter tomado as providências administrativas para compelir os donos da empresa a elaborarem um "plano de encerramento de atividades" contemplando todas as ações para a adequação ambiental da área afetada.
Já as outras ações são relativas a áreas de mangue que foram soterradas por seus proprietários para dar lugar a construções. Apesar de o órgão ambiental ter realizado vistoria nos locais e constatado os danos ambientais, o município não adotou providências para exigir dos responsáveis a recuperação das áreas degradadas.
Nas ações, o Promotor de Justiça sustenta que o Município tem o poder-dever de agir para coibir esses tipos de infrações, mediante fiscalização que pode resultar em imposição de obrigações aos infratores, como recuperação da área, demolição de edificações, retirada de materiais, pagamento de multa, entre outras medidas.
De acordo com o Promotor de Justiça, quando o poder público não exerce o seu poder de polícia, está-se diante de uma omissão ilegal e é essa omissão ilegal que deve ser atacada pelo Ministério Público. "Se agisse diretamente contra os particulares, estaria substituindo o administrador público no desempenho de funções que lhe são próprias, deixando-o na confortável posição de nunca precisar cumprir as suas obrigações, o que não se pode admitir", destacou.
Últimas notícias
19/11/2025MPSC aciona empresa do setor de moda on-line por manter consumidores sem informação após falência
19/11/2025Ministério Público cobra melhorias estruturais no CEDIN Verde Vale e ajuíza ação contra o Município de Itajaí
19/11/2025GAECO e GEFAC deflagram Operação Intramuros para combater facção que controla crimes dentro e fora dos presídios catarinenses
18/11/2025MPSC instaura procedimentos e apura brigas entre torcidas e possível crime de racismo em jogo entre Avaí e Remo
19/11/20252º dia do Congresso de Direito Eleitoral aborda fragilidades e desafios de novo Código
18/11/2025FRBL destinará R$ 821 mil para compra de novos equipamentos do Procon estadual
Mais lidas
10/10/2025GAECO deflagra Operação “Hora do Show” que investiga irregularidades e direcionamento em processos de contratação pública no Oeste
15/10/2025GAECO, em apoio à 39ª Promotoria de Justiça da Capital, deflagra operação para combater organização financeira de facção criminosa
08/10/2025GAECO e Polícia Civil deflagram a operação “Carta branca” para apurar crimes contra a administração pública na região do Planalto Serrano
09/10/2025Mulher que matou companheiro em reserva indígena é condenada
31/10/2025GAECO deflagra Operação Nuremberg para desarticular um dos maiores grupos neonazistas em atividade no Brasil
12/11/2025STJ atende parcialmente MPSC e reconhece que, até 300 metros da preamar, toda restinga é área de preservação permanente