25.01.2022

MPSC ajuíza ação penal contra acusados da morte de Amanda

Dois irmãos e a companheira de um deles foram denunciados por tortura, cárcere privado, homicídio duplamente qualificado e ocultação de cadáver. A vítima teria vindo passar o feriado da Proclamação da República junto com os acusados em uma casa alugada na praia, em Laguna, e o corpo dela foi encontrado enterrado na praia de Itapirubá do Norte, em Imbituba, quase duas semanas depois.

Os três suspeitos pela morte de Amanda Albach Silva que já estão em prisão preventiva foram denunciados nesta terça-feira (25/1) pela 2ª Promotoria de Justiça de Imbituba pelos crimes de tortura, cárcere privado, homicídio duplamente qualificado e ocultação de cadáver. A denúncia já foi recebida pela Justiça.

Segundo a ação penal pública, os três teriam matado a jovem de 21 anos por acreditarem que a vítima faria parte de um plano orquestrado por uma facção criminosa ligada ao tráfico de drogas para executá-los, o que teria motivado os crimes.

As investigações reuniram provas da autoria e das circunstâncias dos crimes que indicariam a participação dos três na tortura, no cárcere privado, no homicídio de Amanda e na ocultação do cadáver dela.

Segundo o que foi apurado, a vítima teria vindo do Paraná, onde morava, passar o feriado de 15 de novembro na casa em que a acusada, que era sua amiga, morava com o companheiro e o cunhado. Amanda e os suspeitos, no dia 14 de novembro, foram a uma festa em Florianópolis. Ao retornarem para Laguna, já no dia 15, os três denunciados mantiveram a vítima sob cárcere privado na casa, pois passaram a desconfiar que Amanda teria envolvimento com uma facção criminosa e participaria de uma emboscada contra eles.

Das 11h às 19h, além de mantê-la encarcerada, os três a teriam mantido sob a ameaça de uma arma de fogo e infringido intensa tortura mental para que ela falasse sobre a suposta armadilha.

Após mantê-la sob cárcere privado e a torturarem por cerca de oito horas, os dois homens e a mulher teriam amordaçado a vítima e a levado até a praia de Itapirubá do Norte, em Imbituba, onde ela foi morta, com um tiro na cabeça. O corpo foi enterrado no local da execução, em uma cova cavada na areia da praia.

Diante das circunstâncias do assassinato, a Promotora de Justiça Gabriela Arenhart denunciou os três por homicídio duplamente qualificado, já que o crime foi cometido por motivo torpe e sem dar chances de defesa a Amanda, que estava sozinha, amordaçada e foi levada a um lugar ermo.

Os suspeitos, agora réus na ação penal, também foram denunciados pelos crimes de cárcere privado, tortura e ocultação de cadáver.

O Ministério Público requer que os acusados sejam levados a julgamento pelo Tribunal do Júri e também postula indenização aos herdeiros da vítima.

Na semana passada, o suspeito que estava em prisão temporária e a companheira e o irmão dele - que chegaram a ser presos temporariamente, mas haviam sido liberados no decorrer das investigações - tiveram a prisão preventiva decretada pela Justiça após pedido da polícia e manifestação favorável do Ministério Público. A mulher e o homem que estavam livres foram presos na cidade de Canoas, no Rio Grande do Sul, na última sexta-feira (21/1).



Fonte: 
Coordenadoria de Comunicação Social