Júri da Comarca de Brusque condena homem a 18 anos de prisão por feminicídio
O Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) obteve, em Brusque, a condenação de Ademar do Amaral a 18 anos de prisão pelo feminicídio de sua companheira. A condenação ocorreu em sessão do Tribunal do Júri da Comarca de Brusque na segunda-feira (16/9).
A denúncia da 4ª Promotoria de Justiça da Comarca de Brusque relatou que, em maio de 2017, o réu entrou em desentendimento com a vítima, Elisiane Raquel Gomes do Amaral, durante um evento em Gaspar, em razão de ciúmes e de não aceitar a separação do casal, como ela desejava.
Ao retornarem para sua residência, em Brusque, o casal teve uma nova discussão, na qual Ademar pegou uma corda e asfixiou Elisiane até a morte. Após o homicídio, o réu transportou o corpo da vítima para outro bairro da cidade, deixando-o sobre entulhos no acostamento de uma via.
Conforme sustentado pela Promotora de Justiça Susana Perin Carnaúba no julgamento, o crime se enquadra em feminicídio, além de ser qualificado por motivo fútil, emprego de asfixia e impossibilidade de defesa da vítima.
A tese do MPSC foi acolhida pelo corpo de jurados e a pena aplicada ao réu pelo homicídio quadruplamente qualificado foi de 18 anos de reclusão em regime fechado. A pena teve como circunstância atenuante a confissão espontânea. O réu não terá o direito de recorrer em liberdade. A decisão é passível de recurso.
COMO DENUNCIAR
O Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) promove ações e participa de campanhas para coibir os crimes contra a mulher. Neste vídeo, entenda o que é o chamado feminicídio, um tipo de homicídio qualificado.Para recorrer ao MPSC em casos de violência doméstica, ligue 180 ou compareça a Promotoria de Justiça mais próxima.
O QUE É O TRIBUNAL DO JURI?
O QUE É O TRIBUNAL DO JURI?
Entenda como funcionam os julgamentos no Tribunal do Júri, em que a sociedade é que decide se um crime contra a vida aconteceu e se o réu é culpado ou inocente - uma participação que costuma ser o retrato da comoção popular vivida no momento. No vídeo, o Promotor de Justiça Jádel da Silva Júnior fala que "os crimes de sangue provocam um impacto que transcende o próprio círculo familiar diretamente atingido pelo crime para causar um abalo social profundo".
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