Jurados acolhem tese do MPSC e réu que matou desafetos em São José do Cerrito é condenado a 28 anos de prisão por duplo homicídio
Um crime ocorrido em 19 de maio de 2023 marcou a comunidade de Vargem Bonita, em São José do Cerrito. Naquela noite, dois homens foram interceptados e assassinados a facadas por um desafeto na estrada geral. As investigações revelaram que o crime foi motivado por uma discussão que começou em um bar e se intensificou quando os dois carros pararam em um local conhecido como Mirante.
Segundo a denúncia do Ministério Público de Santa Catarina (MPSC), "nesse momento, o denunciado foi até seu veículo, apossou-se de uma arma branca, fazendo com que as vítimas saíssem do local. Então, ele as perseguiu até interceptá-las, desceu do carro e desferiu inúmeras facadas em uma das vítimas pela janela. Na sequência, alcançou a outra vítima, que tentava fugir, e também a matou".
Mais de dois anos depois, o réu foi julgado e condenado pelo Tribunal do Júri e terá que cumprir uma pena de 28 anos de reclusão, em regime inicial fechado, por duplo homicídio qualificado por motivo fútil - uma mera discussão. Ele estava preso preventivamente desde a época dos fatos e retornou ao presídio assim que a sentença foi lida.
A sessão aconteceu no fórum de Lages, cidade-sede da comarca, e foi acompanhada por familiares das vítimas e do réu, além de acadêmicos do curso de Direito. A acusação contra o réu foi conduzida pelo Promotor de Justiça Fabrício Nunes, que apresentou as provas do crime aos jurados, falou sobre a importância da vida e pediu a condenação.
"A vida é o bem mais precioso e não pode ser banalizada. Nenhuma divergência, nenhum desentendimento, por maior que seja, pode servir de pretexto para a prática de uma violência tão brutal como a que tirou a vida dessas duas vítimas. Este julgamento é um recado claro de que a sociedade não tolera a crueldade, a covardia e a futilidade como motivos para ceifar vidas", sustentou o Promotor de Justiça.
No final, ele afirmou que o Ministério Público atuou em defesa da vida, da ordem e da paz social. "Os jurados reconheceram a gravidade da conduta. A condenação imposta não devolve os filhos, os irmãos e os amigos que se foram, mas reafirma que a justiça existe e que o crime não compensa", concluiu.
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