Homem que atirou em dono de floricultura é condenado por tentativa de homicídio em Lages
Um fato ocorrido em 5 de maio de 2022 abalou uma vida e chocou a população lageana. Naquela noite, o dono de uma floricultura levou cinco tiros enquanto trabalhava para dar conta da demanda do Dia das Mães. Ele foi socorrido e sobreviveu graças a uma cirurgia de emergência, mas ficou com várias sequelas, como a perda parcial da voz e a dificuldade de se locomover. O autor dos disparos enfrentou o Tribunal do Júri nesta quinta-feira (27/6), com base na denúncia do Ministério Público de Santa Catarina (MPSC), e foi condenado a nove anos e 27 dias de reclusão.
O dono da floricultura fez questão de assistir ao julgamento. Ele foi ao fórum com um andador, acompanhado pela mãe, pela esposa, pela filha e pela irmã, e reencontrou o atirador pela primeira vez desde o episódio fatídico. O Promotor de Justiça Fabrício Nunes conduziu a acusação, apresentando as provas do crime. "O réu planejou o ataque minuciosamente e achou que nunca seria identificado, mas um grande trabalho investigativo apontou na direção dele, e hoje a sociedade tem a oportunidade de aplicar-lhe a punição cabível", afirmou.
A mãe da vítima chorou muito ao ver as imagens captadas pelas câmeras de segurança do estabelecimento. Foi ela quem encontrou o filho agonizando e conseguiu pedir ajuda a um policial que andava na rua. A filha também assistiu ao julgamento bastante emocionada. Ela estava na faculdade quando soube que o pai havia sido baleado.
A sessão teve cinco horas de duração. Durante esse período, os sete jurados assistiram atentamente ao interrogatório e aos debates entre o Promotor de Justiça e as duas advogadas de defesa e decidiram condenar o réu por tentativa de homicídio duplamente qualificado, por motivo torpe, afinal o crime foi praticado por uma desavença antiga, e com recurso que dificultou a defesa da vítima, pois o homem já entrou na floricultura atirando.
O Promotor de Justiça Fabrício Nunes comentou o desfecho do caso. "Buscamos por justiça durante mais de dois anos e o resultado coroa o amplo trabalho realizado por todos os órgãos competentes que defendem a vida", disse.
Após a leitura da sentença, o dono da floricultura desabafou, mesmo com dificuldades para falar. "Cada dia é um desafio, pois a vida mudou completamente. Hoje não posso mais fazer as coisas como gostava, mas sou grato por estar vivo", declarou. Já o réu foi reconduzido ao Presídio Regional de Lages para o cumprimento da pena. Ele não poderá recorrer em liberdade.
Rádio MPSC
Vítima sobreviveu, mas ficou com várias sequelas. A pena foi fixada em mais de nove anos de prisão. Ouça o Promotor de Justiça Fabrício Nunes.
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