23.02.2022

AVISO DE PAUTA: Acusado de matar menina de cinco anos em atentado contra rival vai a Júri nesta quinta-feira em Tubarão

Julgamento seria em janeiro mas foi adiado e a sessão do Tribunal do Júri foi confirmada para esta quinta-feira (24/2). Menina foi a única vítima fatal da emboscada armada pelos autores do crime, cometido por vingança contra um adolescente que atuava em um grupo rival no tráfico de drogas da área, em 2014.
Está confirmado para esta quinta-feira (24/2) o julgamento pelo Tribunal do Júri de Tubarão do último dos cinco denunciados pela morte de uma menina em uma emboscada motivada por vingança e disputa pelo tráfico local no Morro do Caeté/Caixa. A sessão estava incialmente agendada para o dia 27 de janeiro, mas foi adiada a pedido da defesa. O Julgamento inicia às 8h30min, com restrição de público devido às medidas sanitárias de combate à covid-19.

Cleiton Stanck Silveira é réu em ação penal pública pelo homicídio qualificado da criança - que tinha 5 anos quando foi assassinada - e por três tentativas de homicídio qualificado praticadas contra o adolescente e duas mulheres que estavam no carro alvejado durante o atentado. Na mesma ação penal ele também responde por corrupção de menor.

Os crimes ocorreram em maio de 2014, e outros três denunciados que atuaram com Cleiton já foram condenados. Cleiton foi processado depois deles e só será julgado agora por ter conseguido fugir e se manter foragido por aproximadamente cinco anos.¿

A morte da menina causou revolta na opinião pública de Tubarão, à época, pois os acusados alvejaram o veículo onde estava o adolescente que pretendiam matar sabendo que havia outras pessoas com ele no veículo, inclusive a criança, que era filha de uma das passageiras e do suposto chefe do grupo rival, que não estava com as vítimas.¿

Cleiton é acusado de ter planejado a morte do adolescente e a emboscada para cometer o crime motivado pela vingança. Para atrair a vítima, ele teria persuadido outra adolescente a criar um perfil falso em uma rede social se passando por uma garota que estaria interessada na vítima. O adolescente seria morto para que Cleiton demonstrasse poder e se vingasse pela morte de outro integrante de seu grupo que teria sido assassinado pela facção rival, comandada pelo pai da menina.

O adolescente acreditou que a garota era real e marcou um encontro com ela. A emboscada estava correndo como Cleiton e o seu grupo teriam planejado. No local do encontro, porém, o adolescente chegou acompanhado. Mesmo assim, os autores da armadilha não recuaram e, segundo as apurações, ainda teriam decidido que seguiriam com o plano e matariam os demais ocupantes do carro.

O veículo foi alvejado pelo menos sete vezes. O adolescente foi atingido por dois tiros, mas sobreviveu. A menina foi atingida também por dois disparos, mas um dos projéteis acertou a sua cabeça e ela não resistiu aos ferimentos.

Cleiton e os demais comparsas foram denunciados por homicídio duplamente qualificado (motivo torpe e emboscada) e três tentativas de homicídio, com as mesmas qualificadoras, além de corrupção de menor, pela participação de outra adolescente para ajudá-los nos crimes. Três foram condenados por todos os crimes.



Fonte: 
Coordenadoria de Comunicação Social