Em Braço do Norte, réu acusado de atentar contra a vida de pai e filho é condenado a 17 anos de prisão
Um dos réus envolvidos em um atentado que vitimou pai e filho foi condenado a 17 anos de prisão, em regime fechado, em sessão do Tribunal do Júri na Comarca de Braço do Norte nesta quarta-feira (28/6). O acusado, de 19 anos de idade à época dos fatos, foi sentenciado pelos jurados pelos crimes de homicídio, na forma tentada e consumada, com a incidência de três qualificadoras: motivo torpe, emprego que possa resultar em perigo comum e recurso que impossibilitou a defesa das vítimas.
A ocorrência foi registrada na manhã de 19 de setembro de 2021, no município-sede da comarca, quando as vítimas foram alvejadas a tiros. O patriarca não resistiu. A Promotora de Justiça Luísa Niencheski Calviera, titular da 1ª Promotoria de Justiça da Comarca de Braço do Norte, foi quem representou o Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) em plenário, tendo a tese integralmente acolhida pelos jurados. O réu, que aguardava preso o julgamento, não teve direito de recorrer em liberdade.
A denúncia do MPSC lembra que o sentenciado e outro réu - já condenado pelos mesmos crimes a 36 anos de prisão em março deste ano - foram até a casa das vítimas naquela manhã, correndo por um acesso aos fundos do imóvel. Da parte externa da frente da residência, teriam, então, atirado diversas vezes. Da área da casa, pai e filhos conversavam com um parente que estava na janela da residência vizinha quando foram atingidos. O filho foi socorrido por populares, encaminhado ao hospital e sobreviveu. Já o pai não resistiu dias após dar entrada na unidade hospitalar.
Os jurados entenderam que o réu cometeu os crimes por motivo torpe, em razão de um desentendimento com a vítima sobrevivente por disputa pelo comando do tráfico de drogas na localidade. Acataram, ainda, a tese de que os crimes foram praticados com o emprego de meio do qual poderia resultar em perigo comum, devido aos inúmeros disparos, todos na parte externa e em frente ao imóvel onde as vítimas estavam, os quais poderiam ter atingido moradores vizinhos e transeuntes.
O Conselho de Sentença também concordou que o réu se utilizou de recurso que impossibilitou a defesa das vítimas, surpreendidas pelos disparos na própria casa. Por fim, reconheceu as causas de diminuição: erro na execução e participação de menor importância. A decisão é passível de recurso.
Últimas notícias
18/11/2025MPSC instaura procedimentos e apura brigas entre torcidas e possível crime de racismo em jogo entre Avaí e Remo
18/11/2025FRBL destinará R$ 821 mil para compra de novos equipamentos do Procon estadual
18/11/2025GAECO do MPSC apoia operação Invoice contra sonegação fiscal deflagrada pelo MP de Alagoas
18/11/2025GAECO catarinense cumpre mandado de prisão e de busca e apreensão em apoio ao GAECO do MPCE
18/11/2025MPSC e FACISC firmam adesão ao Protocolo “Não é Não” em evento que reuniu setor público e empresarial
18/11/2025MPSC apresenta recurso e garante aumento de pena para réus que mataram dois irmãos em Criciúma
Mais lidas
10/10/2025GAECO deflagra Operação “Hora do Show” que investiga irregularidades e direcionamento em processos de contratação pública no Oeste
15/10/2025GAECO, em apoio à 39ª Promotoria de Justiça da Capital, deflagra operação para combater organização financeira de facção criminosa
08/10/2025GAECO e Polícia Civil deflagram a operação “Carta branca” para apurar crimes contra a administração pública na região do Planalto Serrano
09/10/2025Mulher que matou companheiro em reserva indígena é condenada
31/10/2025GAECO deflagra Operação Nuremberg para desarticular um dos maiores grupos neonazistas em atividade no Brasil
12/11/2025STJ atende parcialmente MPSC e reconhece que, até 300 metros da preamar, toda restinga é área de preservação permanente