Por cinco votos a dois, o Tribunal do Júri da Comarca de Araranguá condenou o pescador Luiz Amaro Vieira, 54 anos, à pena de 15 anos de reclusão por homicídio duplamente qualificado - uso de meio cruel e por ter surpreendido a vítima, sem que esta tivesse chance de se defender. A Promotora de Justiça Sandra Goulart Giesta da Silva promoveu a acusação de Vieira pela morte da doméstica Marilda Batista de Almeida, 36 anos, ocorrida em 4 de junho de 2005, no interior de Maracajá.

A sessão do Tribunal do Júri teve início às 9 horas e se encerrou às 23h45 do dia 26 de outubro. O Júri foi presidido pelo Juiz de Direito Júlio César Machado Ferreira de Melo, e os Advogados de defesa foram Gian Carlos Setter e Daniel de Menezes de Carvalho Rodrigues.

A vítima morreu em decorrência de asfixia e esgorjamento, além dos diversos ferimentos causados por uma faca. Seu corpo foi encontrado esquartejado numa plantação de arroz no interior do Município. Foram removidos o útero, ovários, trompas e seios. O réu conhecia a doméstica, que era cliente de sua esposa, uma benzedeira da cidade. Vieira estava recolhido no Presídio de Criciúma desde agosto de 2005. Em 1985 ele foi acusado pela morte de sua cunhada em Torres, Rio Grande do Sul, mas foi absolvido do crime pelos dois Tribunais do Júri relacionados ao caso.