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O Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) promoveu, nesta quarta-feira (16/2), uma vistoria no Porto de Imbituba a fim de verificar as condições de manipulação de coque de petróleo e apurar a possível poluição atmosférica na cidade. A vistoria foi feita com o Instituto do Meio Ambiente (IMA), a Companhia Docas de Imbituba, a CRB Operações Portuárias S/A e o Corpo de Bombeiros.

A vistoria analisou o cumprimento de um termo de ajustamento de conduta (TAC) firmado pela CRB com a 1ª Promotoria de Justiça da Comarca de Imbituba que estabeleceu uma série de ajustes a serem feitos na atividade de armazenamento do coque de petróleo no Porto de Imbituba, bem como as condições em que a manipulação do combustível sólido é feita por outras empresas que operam no local.

De acordo com a Promotora de Justiça Sandra Goulart Giesta da Silva, foi observado que, na empresa CRB, o material é retirado do navio por guindastes, colocado diretamente na moega (uma espécie de grande funil) e despejado na esteira subterrânea. Ele é, então, transportado até outra esteira, protegida por lonas laterais, que leva ao terminal de armazenamento.

Em relação às demais empresas, foi observado que, por não possuírem terminal de armazenamento dentro do porto, o descarregamento do coque é feito do navio com guindastes e o material é despejado, através de moega, diretamente na caçamba dos caminhões. Estes, após percorrerem alguns metros totalmente descobertos, recebem uma proteção de lona sobre o material.

"Para melhor avaliar as providências necessárias a serem adotadas, seja em relação à empresa que firmou o acordo, seja em relação às demais que também operam o coque ou em relação ao Porto de Imbituba, aguardaremos o encaminhamento, pelo IMA, de relatório técnico acerca da visita", informa a Promotora de Justiça.

O coque de petróleo é um combustível fóssil sólido derivado do petróleo pelo processo de craqueamento térmico. É uma matéria considerada poluente em razão do carbono e que pode possuir altos teores de enxofre, o que, para uma exposição constante, torna-o nocivo à saúde.


Rádio MPSC

Ouça o MPSC Notícias, com a Promotora de Justiça Sandra Goulart Giesta da Silva, que esteve presente na vistoria e explica melhor a ação.

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