MPSC e Bombeiros vistoriam Hospital Governador Celso Ramos
Por mais de três horas, a equipe avaliou a proteção contra incêndios do subsolo ao último andar. Local ainda exige uma série de adequações.
O Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) e o Corpo de Bombeiros percorreram, nesta quinta-feira (10/10), por mais de três horas, todos os andares do Hospital Governador Celso Ramos, no Centro de Florianópolis, para averiguar as condições do sistema de prevenção contra incêndio do prédio. Foi apontada a necessidade de uma série de adequações no local.
A vistoria deu continuidade ao inquérito civil instaurado pela 33ª Promotoria de Justiça da Comarca da Capital após o princípio de incêndio ocorrido na madrugada de 24 de setembro deste ano. A investigação busca esclarecer e resolver falhas relativas aos extintores, ao habite-se, à falta de projeto preventivo contra incêndio, às portas de emergência, à sinalização dos corredores e aos demais sistemas vitais para o pleno funcionamento do hospital.
De acordo com o Promotor de Justiça Luciano Naschenweng, a vistoria constatou que a maioria dos extintores de incêndio estão dentro dos padrões estabelecidos pelas normas do Corpo de Bombeiros, assim como as mangueiras de hidrante. "Ficou evidenciada, no entanto, a falta de diversas placas de iluminação e sinalização, de alarme de incêndio, detector de fumaças, escada específica para saída de emergência, além de problemas no projeto estrutural", completa.
O Promotor de Justiça agora aguarda documentos que a direção do hospital se comprometeu a encaminhar e o relatório de vistoria do Corpo de Bombeiros, assim como a resposta do Secretário Estadual de Saúde ao Ofício n. 1046/2019, cujo prazo expira no dia 21 de outubro, no qual requisitou uma série de informações (veja abaixo o ofício).
Segundo a Secretaria de Estado da Saúde, o hospital foi inaugurado em 1966, tem 22.000 m² de área construída e conta com unidades de internação, emergência 24 horas, unidade de terapia intensiva, centro cirúrgico, ambulatório de especialidades, serviços de diagnóstico por imagem e de apoio à diagnose e terapia. Mais de 900 funcionários e um corpo clínico de 317 integrantes trabalham no local.