João Carlos Kurtz iniciou carreira no Ministério Público de Santa Catarina como Promotor Adjunto, no ano de 1971. Em 1972, prestou concurso para Promotor Público* e assumiu a Comarca de Palmitos, extremo oeste do Estado. Na cidade não havia hotel e o Promotor precisou se estabelecer em uma pensão muito precária. Não havia banheiro e a água para o banho era fria.
João Carlos Kurtz
iniciou carreira no Ministério Público de Santa Catarina como
Promotor Adjunto, no ano de 1971. Em 1972, prestou concurso para
Promotor Público* e assumiu a Comarca de Palmitos, extremo oeste do
Estado. Na cidade não havia hotel e o Promotor precisou se
estabelecer em uma pensão muito precária. Não havia banheiro e a
água para o banho era fria.
O telefone ficava em
Chapecó, distante cerca de 70 km da Comarca de Palmitos. Levava-se
um dia inteiro para chegar ao telefone e ainda assim não era
garantido que se conseguisse falar. As estradas eram de chão batido
e cheias de pedras para evitar o atoleiro. O carro precisava de
manutenção diária.
O material de
expediente, máquina de escrever, livros e até mesmo o papel era
custeado pelo próprio Promotor. Quando se mudava de Comarca, levava
tudo, pois sem os livros era impossível trabalhar.
João Carlos Kurtz
tornou-se Procurador-Geral de Justiça em 1979, cargo que ocupou por
diversos mandatos, com término em março de 1987. Durante os
primeiros oito anos, o Ministério Público começou a tomar o rumo
atual, inclusive com a separação da Procuradoria-Geral de Justiça
da Procuradoria-Geral do Estado.
"Foi uma luta grande.
Ali ganhou forma esse Ministério Público de hoje, que se envolve na
proteção ao meio ambiente, na defesa do consumidor, afeiçoado à
sociedade. Como não tínhamos espaço no Fórum, buscamos a
comunidade, indo ao encontro daquela tradição de conciliação que
já existia na prática, sobretudo nas pequenas comunidades do
interior. A sociedade temia o Fórum, identificava naquele espaço um
território de encrenca. As pessoas temiam saírem presas de um Fórum
quando lá entrassem. Então, desenvolvemos primeiro o DECOM e mais
tarde criamos a Casa da Promotoria da Coletividade, que nos
aproximaram ainda mais da comunidade. Nesse sentido, o Ministério
Público de Santa Catarina foi pioneiro."
O
primeiro volume da série traz essa e outras histórias marcantes de
nove Procuradores-Gerais de Justiça e do funcionário mais antigo da
Instituição. O próximo volume será lançado até o final do
primeiro semestre de 2012 e trará as histórias dos Promotores
de Justiça com atuação no MPSC até a década de 1970.
*Promotor
Público era designação para o cargo até o ano de 1981. Desde
então, a função passou a denominar-se Promotor de Justiça.
Histórias de Vida: As dificuldades no exercício de Promotor Público*
João Carlos Kurtz iniciou carreira no Ministério Público de Santa Catarina como Promotor Adjunto, no ano de 1971. Em 1972, prestou concurso para Promotor Público* e assumiu a Comarca de Palmitos, extremo oeste do Estado. Na cidade não havia hotel e o Promotor precisou se estabelecer em uma pensão muito precária. Não havia banheiro e a água para o banho era fria.