O Promotor de Justiça ainda deixou um recado para que os alunos presentes e representantes de universidades levassem às comunidades acadêmicas: "Se você está errado, corra para corrigir as irregularidades antes de ser chamado, porque depois poderá ter consequências financeiras ou mesmo criminais", alertou.
A audiência pública foi promovida pelas comissões de Finanças e Tributação e de Educação e Cultura da ALESC, e reuniu, além do MPSC e parlamentares, representantes da Secretaria de Estado da Educação, do TCE/SC, das universidades e estudantes para debater critérios de concessão de bolsas, calendário de inscrição e outros pontos levantados por deputados e pela comunidade acadêmica.
Duas frentes de trabalho
Em uma reunião promovida pela Procuradora-Geral de Justiça, na segunda-feira (23/6), com o com o Tribunal de Contas do Estado (TCE) e a Secretaria de Estado da Educação (SED), duas frentes de trabalho foram estabelecidas entre os órgãos e o Estado para fazer frente às inconsistências apontadas por relatório do TCE na concessão de bolsas do programa Universidade Gratuita.
A primeira conta com a apuração e responsabilização de quem agiu em dolo (com intenção de fraudar o sistema). Para isso, o TCE realizará uma varredura detalhada para identificar aqueles que apresentaram informações falsas sobre renda e patrimônio de forma intencional. Os nomes dos envolvidos serão encaminhados ao MPSC no prazo de 30 dias para que sejam responsabilizados penalmente.
A outra frente pretende trabalhar no aprimoramento do sistema de inscrições e do controle na concessão das bolsas. Um grupo de trabalho será criado para reformular o processo de inscrição do Universidade Gratuita, aprimorando o sistema e garantindo que o acesso ao programa seja mais simplificado e eficiente. O Ministério Público integrará o grupo.
O programa Universidade Gratuita é uma política pública que visa ampliar o acesso ao ensino superior em Santa Catarina, oferecendo vagas gratuitas em instituições comunitárias vinculadas à Associação Catarinense das Fundações Educacionais (Acafe). A atuação conjunta entre MPSC, TCE e Secretaria de Educação reforça a seriedade com que o Estado trata a educação e a equidade social.