Quarteto de Quilombo é condenado pelo homicídio do agricultor Natalício do Amaral
O Tribunal do Júri da Capital condenou, no dia 8 de junho, os irmãos Adauto Pereira da Silva, Volmir José da Silva e Altair Antônio da Silva e o cunhado destes, Pedro Hoffmann, pelo assassinato do agricultor Natalício do Amaral com três tiros de pistola calibre 380, ocorrido na sua fazenda, em 22 de março de 2004, na localidade de Linha Aurora, em Quilombo, a 650 quilômetros ao oeste de Florianópolis. Amaral era vizinho dos condenados. O crime foi praticado por motivo fútil e sem chance de defesa para a vítima. O julgamento teve que ser transferido daquela Comarca para a da Capital face ao clima hostil e temor de represálias contra jurados do caso em Quilombo.
Sob a presidência do Juiz de Direito Luiz César Schweitzer e com base na acusação formulada pela Promotora de Justiça Vanessa Wendhausen Cavalazzi Gomes, o quarteto foi condenado por homicídio qualificado. Pedro Hoffmann e os irmãos Volmir e Altair pegaram 16 anos de reclusão, todos em regime fechado. Adauto foi condenado a 15 anos e seis meses, igualmente em regime fechado. Altair já cumpre pena de 11 anos em outro processo em que foi condenado pelo assalto à agência do BESC de Quilombo, tendo apelado ao Tribunal de Justiça.
Da decisão do Tribunal do Júri cabe recurso para novo julgamento, mas negou-se ao quarteto o direito de recorrer em liberdade. Atuaram na defesa os Advogados Dalmir Magnani e Arthur Losekann. Após o julgamento, os condenados foram reconduzidos ao Presídio de Chapecó, onde cada um cumprirá sua pena.
Durante o julgamento, a Promotora de Justiça pediu a instauração de inquérito policial contra três das quatro testemunhas arrolados pela defesa para apuração de eventual prática de crime de falso testemunho. Outras quatro testemunhas da defesa foram dispensadas a pedido dos Advogados.
De acordo com os fatos apurados no inquérito policial e nos depoimentos colhidos que subsidiaram a acusação feita pelo Ministério Público, o quarteto, que possui terras vizinhas às da vítima, atacou o agricultor Natalício do Amaral para silenciá-lo diante da oposição que este fazia contra os atos ilegais dos condenados e de outro irmão deste, Reinaldino da Silva, que foi pronunciado em outro processo pelo duplo homicídio de um casal de Quilombo.
Últimas notícias
19/11/2025MPSC garante condenação de integrante de facção a 19 anos por homicídio qualificado
19/11/2025Exposição “Tramas e Formas” é inaugurada na Biblioteca do MPSC
19/11/2025“Mais dignidade”: com atuação do MPSC, banheiros públicos em Criciúma passarão a ser acessíveis para pessoas ostomizadas
20/11/2025Ministros do TSE discutem Direito Eleitoral em Congresso Catarinense
19/11/2025MPSC atua para eliminar riscos à saúde por uso indevido de agrotóxicos em morangos
19/11/2025MPSC aciona empresa do setor de moda on-line por manter consumidores sem informação após falência
Mais lidas
10/10/2025GAECO deflagra Operação “Hora do Show” que investiga irregularidades e direcionamento em processos de contratação pública no Oeste
15/10/2025GAECO, em apoio à 39ª Promotoria de Justiça da Capital, deflagra operação para combater organização financeira de facção criminosa
08/10/2025GAECO e Polícia Civil deflagram a operação “Carta branca” para apurar crimes contra a administração pública na região do Planalto Serrano
09/10/2025Mulher que matou companheiro em reserva indígena é condenada
31/10/2025GAECO deflagra Operação Nuremberg para desarticular um dos maiores grupos neonazistas em atividade no Brasil
12/11/2025STJ atende parcialmente MPSC e reconhece que, até 300 metros da preamar, toda restinga é área de preservação permanente