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Promotor de Justiça propõe criação de estruturas regionais para enfrentar violência contra religiões de matriz africana

Em sessão na Câmara de Florianópolis, Jádel da Silva Júnior defendeu organização estadual com núcleos regionais e representação jurídica e política.

31.10.2025 15:15
Publicado em : 
31/10/25 06:15

O Promotor de Justiça Jádel da Silva Júnior, da 40ª Promotoria de Justiça da Comarca da Capital, que atua no controle externo da segurança pública e no enfrentamento ao racismo em âmbito estadual, participou de uma reunião extraordinária na Câmara de Vereadores de Florianópolis nesta quinta-feira (30/10). À frente dos procedimentos investigatórios que apuram casos de intolerância religiosa, Jádel levou para debate sugestões para fortalecer a defesa das religiões de matriz africana e combater a violência. 

Representando também o Observatório para Enfrentamento ao Racismo, coordenado pelo professor Márcio de Souza, Jádel reforçou a necessidade de organização e mobilização estadual e propôs, como encaminhamento, a criação de estruturas regionais interligadas a uma central na Capital, com representação jurídica e política: “Precisamos identificar lideranças em todo o estado e criar estruturas compostas por representantes das religiões de matriz africana. Essas estruturas devem estar conectadas a uma central em Florianópolis, próxima à minha Promotoria e à Defensoria”. 

Jádel também destacou que cada núcleo regional deve contar com advogados para garantir defesa rápida e qualificada e evitar o desgaste do enfrentamento direto. “Precisamos trabalhar com conhecimento jurídico. Um advogado sabe como acionar os órgãos competentes com a linguagem adequada”, argumentou. 

Além da representação jurídica, Jádel defendeu a presença de representantes políticos para fortalecer a pauta junto às autoridades locais: “A representação política dá identidade, valor, projeção e defesa dos direitos”, concluiu.  

Na reunião, que debateu a criação de mecanismos para combate à intolerância religiosa, também estiveram representantes e lideranças religiosas de matriz africana da Grande Florianópolis e do Sul catarinense, Comissão de Igualdade Racial da OAB Palhoça, Defensoria Pública, assessores de parlamentares e os Vereadores Carla Ayres e Leonel Camasão.

Fonte: 
Coordenadoria de Comunicação Social do MPSC