Projeto Trabalhando Juntos é apresentado para empresários de Garuva
A inserção de adolescentes em situação de vulnerabilidade no mercado de trabalho, a apresentação de uma nova perspectiva de vida para esses jovens e a abertura de oportunidades foram os temas centrais da audiência pública realizada pela Promotoria de Justiça da Comarca de Garuva, no dia 1º de abril, para apresentar o programa Trabalhando Juntos a empresários da cidade do Norte catarinense. O evento aconteceu na Câmara de Vereadores, às 19 horas.
A iniciativa desenvolvida pelo Ministério Público visa, por intermédio da parceria com o Centro de Integração Empresa-Escola (CIEE), promover a iniciação profissional de jovens entre 14 e 18 anos que estão em situação de vulnerabilidade social. Dentro do programa, também é realizada a capacitação e a inserção dos adolescentes no mercado de trabalho.
O Promotor de Justiça Marcelo José Zattar Cota, que coordenou a audiência pública, ao abrir os trabalhos destacou que o projeto Trabalhando Juntos é uma ação que reúne jovens que buscam um futuro melhor, pois são pessoas que têm vontade e potencial de se desenvolver e crescer junto com as empresas. "Não adianta identificar essa mão de obra, capacitar e depois não ter a oportunidade no mercado de trabalho."
Ele ressaltou ainda que "a adoção ao programa do MPSC e a contratação destes jovens pelas empresas cumpre a lei do Jovem Aprendiz, forma profissionais capacitados e promove o desenvolvimento econômico e a transformação social no município que tanto buscamos".
Além de mostrar o funcionamento do programa, o objetivo foi sensibilizar e orientar empresários quanto à importância da contratação destes para vagas de jovens aprendizes, nos termos da Lei da Aprendizagem (Lei n. 10.097/2000).
O presidente do Centro de Integração Empresa-Escola de Santa Catarina (CIEE/SC), Luiz Carlos Floriani, disse que "temos lido e ouvido muito, principalmente dos empresários, sobre o apagão de mão-de-obra qualificada de todas as naturezas. Mas a reflexão que fica é a seguinte: o que a gente fez para que isso não acontecesse? Qual foi o investimento que fizemos no principal ativo de nossas empresas? O trabalho de iniciativas como esta é fundamental, primeiro para chamar a atenção do empresariado e da sociedade em geral para rever conceitos".
Floriani enfatizou aos empresários presentes que "investir no adolescente aprendiz não é despesa, é investimento. Porque é dali que sairá seu futuro colaborador. Abrir essas oportunidades faz com que esses jovens brilhem os olhos para o mercado. Além disso, há uma guerra que estamos perdendo para uma empresa que age paralelamente chamada crime organizado e que leva esses garotos e garotas para lá e que, para resgatá-los, é quase impossível".
Em Garuva, 18 jovens foram capacitados pelo Trabalhando Juntos e estão aptos para atuarem nas 55 vagas disponíveis em 44 empresas localizadas na cidade.
A vice-prefeita de Garuva, Marli Terezinha Leandro Simmerman, disse que todos devem abraçar essa causa. "Não somente o Ministério Público, Executivo ou Legislativo, mas o meio empresarial, que é a chave mais importante em dar essa oportunidade aos nossos jovens, reforçou".
O presidente da Câmara de Vereadores, Reginaldo Mews Rosa, disse que esse trabalho voltado aos jovens é de grande importância para mudar a realidade deles.
Para participar do Trabalhando Juntos, os interessados devem entrar em contato com a Promotoria de Justiça da Comarca de Garuva pelo telefone (47) 99274-4744, com o CIEE e com as secretarias municipais de Educação e Desenvolvimento Social e Habitação.
Sobre o programa
O Trabalhando Juntos visa orientar e sensibilizar as empresas sobre a obrigatoriedade de contratarem jovens aprendizes, como estabelece a Lei da Aprendizagem (Lei 10.097/2000). As Promotorias de Justiça escolhem aderir ao programa e implementam as ações nos municípios em que atuam.
Inicialmente, a promotoria articula com a Secretaria de Assistência Social a busca pela relação de adolescentes em situação de vulnerabilidade social, em cumprimento de medida socioeducativa em meio aberto, em acolhimento familiar ou institucional e em situação de evasão escolar, que estão aptos a participar do projeto. Em seguida, ocorre um trabalho de sensibilização e conscientização com os empresários locais para promover a adesão ao projeto e destinar vagas a esse público.
Os jovens e adolescentes são convidados a participar de oficinas socioeducativas em entidades parceiras do programa. Eles aprendem conhecimentos essenciais para o início no mercado de trabalho: economia pessoal, trabalho em equipe, elaboração de currículo, comportamento no ambiente de trabalho e outros temas. Ao terminar os dois meses e meio de curso, os jovens e adolescentes são encaminhados a vagas de aprendiz em empresas que aderiram ao programa.
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