GAECO de Santa Catarina, MPMG e PMMG cumprem mandados na 2ª fase da operação Black Monday
O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO) catarinense está cumprindo ordens judiciais de Minas Gerais em Florianópolis, na manhã desta terça-feira (22/6), em apoio à segunda fase da Operação Black Monday, deflagrada pelo Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), por meio da 8ª Promotoria de Justiça de Pouso Alegre - apoiada pelo GAECO local e pela Coordenadoria Estadual de Combate aos Crimes Cibernéticos (Coeciber) -, e pela Polícia Militar de Minas Gerais (PMMG). O GAECO é uma força-tarefa composta pelo Ministério Público de Santa Catarina, pelas Polícias Militar, Civil e Rodoviária Federal e pela Secretaria da Fazenda estadual.
Estão sendo cumpridos sete mandados de busca e apreensão, todos na capital catarinense, além de dois mandados de prisão temporária. Além disso, sete pessoas foram notificadas para serem ouvidas como investigadas. Os mandados de busca e apreensão foram cumpridos, principalmente, em dois escritórios, que, de acordo com as investigações, atuavam na captação de vítimas das falsas corretoras Kiplar e Vlom por intermédio dos sites Lucro Inteligente e Central do Lucro.
Ainda nesta terça-feira, às 15 horas, será concedida uma entrevista coletiva (virtual) aos órgãos de imprensa por meio da plataforma Teams. O link de acesso à coletiva será enviado, por e-mail e WhatsApp, pelo Centro de Jornalismo do MPMG.
Mais informações podem ser obtidas pelos telefones (31) 3330-8016/8166 ou pelo e-mail jornalismo@mpmg.mp.br .
Relembre o caso
Com início em maio de 2020, o MPMG, por meio da 8ª Promotoria de Justiça da Comarca de Pouso Alegre, apoiada pelo GAECO, investigou a prática dos crimes de organização criminosa, crimes contra a economia popular e as relações de consumo, além de lavagem de dinheiro.
Conforme apurado, na busca por diversificação em investimentos financeiros, milhares de pessoas acessavam os sites Aprenda Investindo e Investing Brasil e eram direcionadas para falsos analistas. Estes diziam atuar em nome das corretoras VLOM e LBLV, as quais não têm autorização para funcionamento no Brasil. Ocorre que, em vez de direcionar os valores investidos pelas vítimas, os recursos captados eram desviados e convertidos em Bitcoin. Posteriormente, já com os produtos dos crimes devidamente "lavados", os investigados amealharam um vultoso patrimônio.
No dia 25 de março de 2021, foi deflagrada a primeira fase da Operação Black Monday, com o cumprimento de 29 mandados de busca e apreensão e 6 de prisão preventiva.
Ao todo, a operação ocorreu em 12 estados (MG, PE, PB, SP, SC, MA, RO, RS, RJ, GO, AL e BA), com a prisão de quatro pessoas; foram, ainda, localizados e arrecadados veículos de luxo, joias, imóveis, dinheiro e Bitcoins, tudo em uma quantia estimada de R$ 15 milhões.
A fraude em questão causou mais de R$ 100 milhões em prejuízo a pelo menos 1.500 vítimas.
Até o momento já foram oferecidas duas denúncias contra 21 pessoas, duas das quais delas permanecem presas e duas cumprem medidas cautelares diversas da prisão.
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