MPSC denuncia homem por tentativas de feminicídio e homicídios em Rio Negrinho
A 2ª Promotoria de Justiça requer o julgamento pelo Tribunal do Júri e indenização mínima de R$ 100 mil para cada vítima. Uma jovem, ex-namorada do réu, foi hospitalizada e teve a mão amputada em decorrência dos ataques.
Um crime ocorrido na tarde de 24 de outubro na cidade de Rio Negrinho chamou a atenção pela forma violenta. Um homem de 23 anos foi denunciado pelo Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) por supostamente ter cometido uma tentativa de feminicídio e duas de homicídio, qualificadas por motivo fútil, meio cruel e recurso que dificultou a defesa das vítimas. Ele teria atacado brutalmente a ex-namorada e outras duas pessoas que tentaram defendê-la em um estabelecimento comercial.
Na denúncia, a 2ª Promotoria de Justiça da Comarca de Rio Negrinho requer que o acusado seja julgado pelo Tribunal do Júri e que, em caso de condenação, seja fixado o valor mínimo de reparação de R$ 100 mil para cada vítima. A denúncia já foi recebida pela 2ª Vara Criminal.
Conforme descreve a ação penal pública ajuizada pelo MPSC, o homem teria invadido um supermercado no bairro São Rafael armado com um facão e duas facas. Seu alvo principal seria uma jovem, sua ex-companheira, que trabalhava no local.
Consta na instrução processual que o réu, inconformado com o término do relacionamento, teria desferido golpes repetidos contra a jovem, atingindo cabeça, pescoço e membros superiores.
Na peça acusatória, o MPSC aponta que duas pessoas que tentaram impedir o agressor de alcançar a ex-namorada também teriam sido atingidas. Ambas sobreviveram após serem socorridas.
Para a Promotora de Justiça Saraah Seben Fiamoncini, autora da ação, “a vítima só não morreu graças à intervenção de populares e ao rápido socorro. Na tentativa de alcançar a ex-namorada, colegas de trabalho que tentaram impedir a agressão também foram atingidos”.
Ela enfatizou que “estamos diante de um crime bárbaro, praticado com meio cruel, por motivo fútil e com evidente intenção homicida. A sociedade não pode tolerar tamanha violência, especialmente contra mulheres, em contexto de feminicídio”.
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