Nada sobre nós, sem nós: ao criar um documento com informações a respeito do transtorno do espectro autista (TEA), a inclusão de pessoas com essa condição é um componente fundamental. Esse foi o pensamento norteador na elaboração da ¿Cartilha para Familiares¿, e consequentemente, o envolvimento direto de pessoas com autismo e seus familiares foi imprescindível.

O documento é dividido em 11 capítulos que reúnem as informações mais importantes sobre o que é o autismo, os direitos da pessoa com autismo, inclusão escolar, barreiras, desafios e muitos assuntos essenciais às pessoas que são diagnosticadas com TEA e aos seus familiares.

Thor Cugnier Guenther é um escritor e ilustrador de Balneário Camboriú, diagnosticado com autismo desde os dois anos de idade. Ele dividiu suas experiências e sucessos com a plateia: com apenas 16 anos, já são quatro livros publicados até agora.

A falta de informação como obstáculo para uma verdadeira inclusão social para as pessoas com autismo foi um tópico levantado por vários familiares, mães e pais de crianças com autismo e que sentiram muita dificuldade em encontrar respostas e informações de qualidade sobre o assunto.

Foi o caso de Cintia e Caio, pais de Guilherme, diagnosticado com autismo; de Karina e Cláudio, pais da Valentina, também diagnosticada com autismo; e de Carla e Nicolle, familiares de pessoas autistas. Todas essas pessoas afirmaram a mesma coisa: para eles, a cartilha é mais do que um documento, é um presente. Suas vidas seriam diferentes se tivessem acesso a esse material quando começaram a desconfiar que existia algo diferente com seus familiares.

Os Promotores de Justiça João Luiz de Carvalho Botega, Coordenador do Centro de Apoio da Infância e da Juventude (CIJ), e Douglas Roberto Martins, Coordenador do Centro de Apoio dos Direitos Humanos e Terceiro Setor (CDH), estiveram envolvidos na criação da cartilha e falaram não apenas sobre esse material, mas, também, da importância da campanha para a sociedade e da atuação do MPSC nesta área.