Operador de máquinas e policiais militares acusados de homicídio irão a júri popular em Lages
No dia 1º de julho de 2019, um cadáver foi encontrado boiando nas margens do rio Caveiras, em Lages. O homem foi identificado rapidamente, pois tinha várias passagens pela polícia. Surgiu, então, um vídeo no qual ele confessava um delito, e a sequência das investigações levou o Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) a denunciar o operador de máquinas responsável pela filmagem e três policiais militares por homicídio. Quase cinco anos depois, todos foram pronunciados pela Justiça e enfrentarão o Tribunal do Júri em data a ser marcada.
Segundo consta nos autos, dias antes de ser encontrado morto, o homem foi preso em flagrante por furto no bairro Vila Nova, mas em vez de ser conduzido para a delegacia, ele foi levado pelos policiais até a casa do operador de máquinas e informações falsas foram inseridas no sistema de ocorrências para que todos pensassem que ele tinha conseguido fugir.
De acordo com as investigações, o homem foi agredido, torturado e assassinado no quintal da residência. O corpo foi descartado na chamada "ponte velha", no bairro Santa Clara, e resgatado pelo Corpo de Bombeiros. A perícia concluiu que a morte ocorreu por traumatismo cranioencefálico.
A 1ª Promotoria de Justiça da Comarca de Lages ofereceu denúncia contra o operador de máquinas e os três policiais militares em 19 de setembro daquele ano e a Justiça decretou a prisão preventiva dos réus no dia seguinte, mas hoje eles aguardam o desenrolar do processo em liberdade.
Os quatro são acusados de homicídio triplamente qualificado e ocultação de cadáver. As qualificadoras citadas na denúncia são o motivo torpe (vingança), o recurso que dificultou a defesa da vítima (superioridade numérica) e o meio cruel (sofrimento). Uma policial militar responde, ainda, por peculato digital, que é a inserção de dados falsos em sistemas de informações.
A Promotora de Justiça que atua no caso, Rafaela Póvoas Cardozo Lehmann, reforça que não se pode fazer justiça com as próprias mãos. "Ninguém tem carta branca para matar outra pessoa por não gostar do seu histórico. Todos têm direito a um julgamento justo e proporcional aos atos cometidos, com base na lei, e quem ignora isso sujeita-se a enfrentar as consequências", diz.
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