Grupo de trabalho define metas para a Sanidade Alimentar no estado
Todos os esforços empreendidos para reduzir os índices de resíduos químicos nos alimentos não serão suficientes sem o correspondente apoio à permanência das famílias de agricultores no campo, que deve vir por meio do estímulo a formas de cultivo mais seguras e acesso ao mercado consumidor cada vez mais exigente. A preocupação com os produtores rurais foi assunto predominante entre os representantes das 30 organizações públicas e privadas reunidos, na última quinta-feira (11/8), na sede da Procuradoria-Geral do MPSC. A reunião teve como objetivo colocar em prática as primeiras ações decorrentes da assinatura do Termo de Cooperação Técnica sobre Sanidade Alimentar, que visa tornar mais efetiva a proteção à saúde e à vida dos consumidores de produtos de origem animal, vegetal e água.
A reunião serviu para debater temas que são comuns às atividades desenvolvidas em cada organização, de modo a evitar redundâncias e medidas fragmentadas. O Subprocurador-Geral de Justiça para Assuntos Institucionais, Fábio de Souza Trajano, abriu os trabalhos, destacando o comprometimento de todos com a mesma causa e afirmando que "o Termo de Cooperação Técnica foi mais um passo para realizarmos o sonho de combater o uso indevido de agrotóxicos e proteger a saúde do consumidor". Destacou a solidariedade entre as organizações como um diferencial de Santa Catarina em relação aos demais Estados.
Inicialmente, o grupo de trabalho constituído no âmbito do TCT organizará informações sobre programas e atividades dos diferentes parceiros que se enquadram no objeto do TCT, estabelecendo estratégias de atuação conjunta, de sorte a maximizar o uso de recursos e orientar adequadamente os agricultores a respeito das exigências sanitárias e ambientas vigentes, bem como sobre os riscos decorrentes do uso de agrotóxicos inadequados, clandestinos e, por vezes, sem o efeito pretendido.
Além da saúde do consumidor, foi discutida a necessidade de proteger o agricultor, que muitas vezes desconhece os índices permitidos para o uso de agrotóxicos e os riscos do uso indiscriminado. Ter acesso à informação sobre o tema pode mudar essa realidade. Por isso, ações educativas e capacitações serão pensadas para ajudar o agricultor a produzir da forma correta.
Na reunião, os participantes se comprometeram a enviar para o MPSC relatórios de todas as atividades e projetos relacionados à sanidade alimentar de cada instituição. A ideia é que, a partir do estudo dessas ações individuais, seja possível criar um único programa. Todas as entidades também se proporam a divulgar o trabalho realizado pelo grupo para que a sociedade ajude na fiscalização, denunciando irregularidades encontradas nos alimentos.
Portaria da Rastreabilidade
Durante a reunião foi anunciada a edição da Portaria Conjunta SES/SAR n. 459/2016, que trata da rastreabilidade de produtos vegetais, in natura e minimamente processados, destinados ao consumo humano no Estado de Santa Catarina. A portaria foi publicada no Diário Oficial do Estado n. 20.358, de 10 de agosto, com prazo de vacância de 12 meses, de sorte a permitir que todos os interessados se adequem aos seus regramentos.
A Portaria foi editada pela Secretaria de Estado da Saúde, por intermédio da Diretoria de Vigilância Sanitária, e pela Secretaria de Estado da Agricultura e Pesca, por intermédio da Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina (CIDASC) e da Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural (EPAGRI), para atender à exigência de identificação da origem do produto cultivado ou minimamente processado.
organizações que participam do tct
1. Ministério Público de Santa Catarina
2. Assembleia Legislativa do Estado de Santa Catarina
3. Associação Catarinense de Supermercados
4. Superintendência Federal do Ministério Da Agricultura, Pecuária e Abastecimento
5. Secretaria de Estado da Agricultura e da Pesca
6. Secretaria de Estado da Saúde
7. Secretaria de Estado da Justiça e Cidadania
8. Secretaria de Estado da Segurança Pública
9. Secretaria de Estado do desenvolvimento Econômico Sustentável
10. Secretaria Especial da Agricultura Familiar e desenvolvimento Agrário
11. Polícia Militar do Estado de Santa Catarina
12. Companhia Integrada de desenvolvimento Agrícola do Estado de Santa Catarina
13. Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina
14. Conselho Estadual de Combate à Pirataria
15. Centrais de Abastecimento do Estado de Santa Catarina
16. Fundação do Meio Ambiente de Santa Catarina
17. Instituto de Metrologia de Santa Catarina
18. Federação Catarinense de Municípios
19. Federação da Agricultura e Pecuária de Santa Catarina
20. Federação dos Trabalhadores na Agricultura
21. Conselho Regional de Engenharia e Agronomia
22. Conselho Regional de Nutricionistas
23. Conselho Regional de Química
24. Diretoria de Vigilância Sanitária
25. Laboratório Central de Saúde Pública
26. Centro de Informações Toxicológicas
27. Departamento de defesa do Consumidor
28. Serviço Nacional de Aprendizagem Rural em Santa Catarina
29. Instituto de Pesquisa em Risco e Sustentabilidade
30. Associação dos Usuários Permanentes da Ceasa/SC
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