12.03.2024

Decisão liminar obriga Município de Timbó Grande a resolver problema de falta de água na localidade de Vaca Branca em cinco dias

Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) ajuizou uma ação civil diante da constatação de que grande parte dos moradores da localidade não têm acesso a água potável. Promotoria de Justiça de Santa Cecília tentou resolver a situação extrajudicialmente, mas o Município não cumpriu uma recomendação que ele próprio acatou.
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O Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) obteve uma importante vitória para os moradores de uma localidade de Timbó Grande. A Justiça atendeu a um pedido liminar feito em uma ação civil e determinou que o Município adote todas as medidas necessárias para normalizar o abastecimento de água em Vaca Branca nos próximos cinco dias. O não cumprimento da decisão acarretará uma multa diária de R$ 1 mil.

A Promotoria de Justiça da Comarca de Santa Cecília acionou o Poder Judiciário diante da constatação de que a comunidade vem sofrendo há anos com a falta de água. "O Município se comprometeu várias vezes a solucionar a situação, mas na prática isso não aconteceu, então tivemos que adotar medidas mais severas", diz o Promotor de Justiça André Ghiggi Caetano da Silva.


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O único poço artesiano presente na localidade de Vaca Branca não dá conta de atender toda a demanda, deixando várias casas sem água potável. Um inquérito civil mostrou que vários moradores consomem água de um curso a céu aberto, que fica na beira de uma estrada e não possui nenhum tipo de tratamento.

A comunidade já fez dois abaixo-assinados, mas o problema nunca foi resolvido. No final de 2022, o Município chegou a acatar uma recomendação do MPSC se comprometendo a solucionar a situação, mas os termos do acordo não foram cumpridos, e os moradores continuaram tendo que consumir água imprópria, conforme mostram as imagens feitas por eles mesmos.

"Essa situação fere a própria dignidade humana. Não se pode admitir que em pleno século XXI pessoas não tenham água. Esse é um serviço primário e essencial, que precisa ser oferecido pela Prefeitura, e o Ministério Público, enquanto defensor da sociedade, está batalhando para que esse dever seja cumprido", conclui o Promotor de Justiça.



Fonte: 
Coordenadoria de Comunicação Social do MPSC - Correspondente regional em Lages