Controle da freqüência de médicos e dentistas proposto pelo MPSC já alcança 180 Municípios
Cento e oitenta Municípios já celebraram termo de ajustamento de conduta (TAC) com o Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) comprometendo-se a controlar adequadamente a freqüência de médicos e dentistas da rede pública de saúde, sejam concursados ou contratados. Os acordos extrajudiciais foram propostos pelos Promotores de Justiça da área de Cidadania e Fundações das diversas Comarcas e contemplam todas as medidas consideradas essenciais pelo Ministério Público para que a população tenha o atendimento médico assegurado.
Em outubro de 2005 o Ministério Público divulgou o resultado de uma apuração que revelou indícios de irregularidades no cumprimento da carga horária destes profissionais em 95,22% dos Municípios do Estado (ou 279 das 293 cidades). Destes, 73,72% (216 Municípios) não utilizavam cartão ponto como medida para controlar a freqüência de médicos e dentistas nos postos e demais unidades de saúde. Na época, o coordenador do Inquérito Civil conduzido pelo MPSC, Promotor de Justiça João Carlos Teixeira Joaquim, concluiu que havia uma demanda reprimida da população pelo atendimento médico, mas não em razão da falta de profissionais, e sim como conseqüência da sua ausência no local de trabalho e do não cumprimento da jornada para a qual foram contratados.
Além das 180 Prefeituras Municipais que aceitaram o TAC oferecido pelo Ministério Público, o Município de Itaiópolis se antecipou à proposta e implementou as medidas necessárias, e a situação em Palma Sola foi considerada regular, totalizando 182 cidades com o problema resolvido ou em fase de adequação. "Esse é um dado extremamente positivo, especialmente porque entre os Municípios que já assumiram o compromisso foram resolvidos os casos detectados como mais graves", avalia o Coordenador do Centro de Apoio Operacional da Cidadania e Fundações (CCF), Promotor de Justiça Davi do Espírito Santo, que deu continuidade ao trabalho iniciado por Joaquim, que está atualmente na Coordenação do Centro de Apoio Operacional da Moralidade Administrativa.
O MPSC já ajuizou nove ações civis públicas contra Prefeituras Municipais que apresentavam irregularidades no atendimento médico e odontológico à população, mas que não aceitaram o ajustamento de conduta. Os demais Municípios estão em fase de negociação com os Promotores de Justiça para que também regularizem a prestação do serviço. "Nosso trabalho foi muito bem recebido e contou com a colaboração da Federação Catarinense de Municípios. Não agimos para 'puxar a orelha' de ninguém, mas buscamos parcerias para solucionar um problema que até algumas administrações municipais tinham dificuldade de equacionar", complementa Davi do Espírito Santo.
Municípios que firmaram Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) com o MPSC (180) | ||
Abelardo Luz Agrolândia Alfredo Wagner Alto da Bela Vista Angelina Antônio Carlos Apiúna Araquari Araranguá Arroio Trinta Ascurra Atalanta Balneário Arroio do Silva Balneário Barra do Sul Balneário Gaivota Bandeirante Barra Bonita Barra Velha Belmonte Benedito Novo Biguaçu Blumenau Bocaína do Sul Bom Jardim da Serra Bom Jesus Bom Retiro Botuverá Braço do Norte Braço do Trombudo Brunópolis Caçador Calmon Campo Belo do Sul Campo Erê Campos Novos Capão Alto Capinzal Capivari de Baixo Catanduvas Caxambu do Sul Cerro Negro Chapadão do Lajeado Chapecó Concórdia Cordilheira Alta Coronel Freitas Coronel Martins Corupá Descanso Dionísio Cerqueira Doutor Pedrinho Entre Rios Ermo Erval Velho Faxinal dos Guedes Flor do Sertão Formosa do Sul Forquilhinha Fraiburgo Galvão | Garuva | Peritiba Petrolândia Pinhalzinho Pinheiro Preto Piratuba Planalto Alegre Pomerode Ponte Serrada Porto União Pouso Redondo Presidente Castelo Branco Princesa Quilombo Rio das Antas Rio do Campo Rio do Oeste Rio dos Cedros Rio Fortuna Rio Rufino Rodeio Saltinho Salto Veloso Santa Cecília Santa Helena Santa Rosa de Lima Santa Terezinha Santa Terezinha do Progresso Santiago do Sul São Bernardino São Domingos São João do Itaperiu São João do Oeste São Joaquim São José do Cedro São José do Cerrito São Ludgero São Miguel da Boa Vista São Miguel do Oeste Saudades Sombrio Tangará Tigrinhos Timbé do Sul Timbó Timbó Grande Trombudo Central Tubarão Tunápolis Turvo União do Oeste Urubici Urupema Vargeão Vargem Vargem Bonita Vidal Ramos Videira Xanxerê Xaxim Zortéa |
Municípios que não aceitaram o TAC e respondem ação civil pública (09) | ||
Bombinhas Camboriú Cocal do Sul | Itapema Lauro Muller Morro da Fumaça | Otacílio Costa Porto Belo Urussanga |
Municípios que regularizaram a situação de forma espontânea (02) | |
Itaiópolis | Palma Sola |
Medidas exigidas pelo Ministério Público nos TACs |
Implantação de ponto mecânico ou eletrônico de preenchimento diário em todas as unidades de saúde da rede pública para todos os médicos e dentistas. |
Publicação em mural de quadro com nomes, turnos e horários de trabalho dos médicos e dentistas em todas as unidades de saúde, incluindo um número de telefone para reclamações da população. |
As Prefeituras que não dispõem de legislação regulamentando formas de controle da freqüência de médicos e dentistas deverão encaminhar projeto de lei sobre o assunto. |
Desconto na folha do pagamento do profissional que não cumprir a carga horária contratada sem justificativa legal. |
As Prefeituras deverão designar servidor para fiscalizar o cumprimento do horário dos médicos e odontólogos. |
O Município que não estiver cumprindo as diretrizes do Programa de Saúde Familiar (PSF) deverá rescindir o contrato com prestadores de serviço e providenciar a contratação dos profissionais seguindo os princípios do Ministério da Saúde e da administração pública. |
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