A campanha Novembro Azul é destinada à prevenção do câncer de próstata, um dos cânceres mais comuns entre os homens. O exame preventivo é fundamental para o diagnóstico precoce, que, por muitas vezes, resulta em 90% de chance de cura do paciente. Mesmo com a campanha, o mito de que o exame afeta a masculinidade ainda cria raízes no público masculino, o que pode aumentar os riscos da doença.  

Hoje você vai conhecer a história do Promotor de Justiça Benhur Poti Betiolo. Ele expõe a situação que esteve presente ao descobrir a doença: "quando você faz o diagnóstico, você fica um pouco abalado por toda a questão masculina, mas depois você vai entendendo e vai falando com o profissional médico e se informando sobre a questão. É algo, se não natural, aceitável". Com seu depoimento, Benhur quer mostrar que é essencial superar o preconceito e realizar os exames, porque essa consciência tem maior valor quando a saúde está em jogo.  

Benhur descobriu o câncer de próstata no final de 2019 após exames que confirmaram a presença do tumor. "Eu era uma pessoa relativamente nova para esse tipo de diagnóstico, eu tinha entre 46 e 47 anos". O câncer estava em fase inicial. Como tratamento, optou pela cirurgia para a retirada da próstata.  

O Promotor de Justiça revela que ficou aliviado por ter descoberto precocemente. "A preocupação e o acompanhamento levaram ao diagnóstico precoce. Então, eu acho que isso que me deixou mais aliviado e mais compreensível com a situação". Benhur contou com a rede de apoio da sua família e de seus colegas de trabalho. Além disso, sua doença despertou a conscientização de seus amigos, que procuraram realizar os exames preventivos.  



Direitos dos pacientes com câncer previstos na legislação

Os pacientes com câncer possuem uma série de direitos. Eles têm assegurados os direitos previstos a todos os usuários do Sistema Único de Saúde (SUS), como consultas e exames. Além disso, recebem uma atenção especial da legislação devido à fragilidade que a doença causa. Para saber mais informações, o MPSC conversou com o Coordenador do Centro de Apoio Operacional dos Direitos Humanos e Terceiro Setor, Promotor de Justiça Douglas Roberto Martins.